Diante da polêmica entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e o ex-presidente Lula, o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, afirmou nesta quarta-feira que a melhor saída para o tribunal é definir de uma data para o julgamento do mensalão. De acordo com o ministro, a data deve ser decidida depois do voto do ministro-revisor do processo, Ricardo Lewandowski.
“É o que estamos tentando fazer. Definir uma data para que a formatação do julgamento se faça de uma vez por todas e, naturalmente, por modo adaptado às possibilidades do próprio relator, do ponto de vista físico do ministro Joaquim (Barbosa)”, disse Ayres Britto em sessão no Supremo, lembrando do problema de saúde que provoca o afastamento do relator Joaquim Barbosa de suas funções no STF.
Britto também comentou os boatos de que a disputa entre Lula e Gilmar Mendes estaria gerando uma crise institucional envolvendo o Judiciário e o Executivo. Segundo ele, a Corte está imune a pressões. “O Supremo Tribunal Federal é sobranceiro, altivo, independente, consciente de sua função institucional. E não se afasta disso. Nós não perdemos o foco do nosso dever de julgar todo e qualquer processo, inclusive esse chamado de mensalão, com objetividade, imparcialidade, serenidade, enfim, atentos todos nós às provas dos autos”, disse.
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