Sete horas. Esse foi o tempo que Leandro Henrique Carvalho e Flávia de Farias Carvalho tiveram de esperar para que sua filha Pietra pudesse nascer.
Barrados no Hospital e Maternidade Santa Catarina, no bairro da Aclimação, zona sul de São Paulo, às 11h da última sexta, o casal só foi transferido por volta das 18h40 para o Hospital São Camilo, no Ipiranga, também na zona sul, onde finalmente Flávia pode entrar em trabalho de parto. “Se não tivesse sido transferido, minha filha teria nascido no corredor”, disse Carvalho, que era contra a transferência. “Infelizmente foi o que nos restou, depois de tanto esforço para que nossa filha nascesse no Santa Catarina”.
Ele ainda desconfia que a sua escolha por um parto normal influenciou no tratamento do hospital. “Várias pacientes com cesárea marcada passaram na nossa frente”. O parto normal é aconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Associação Brasileira de Obstetras e Enfermeiros, mas há indícios de pressão dos planos de saúde para que médicos realizem cesáreas, mais baratas e práticas.
O Brasil é campeão mundial de cesarianas, com 43% das crianças nascendo por este método. O padrão recomendado pela OMS é de 15%.
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