Meus caros, está marcado mais um beijaço para o dia 7 de fevereiro, 17 horas, na esquina da Paulista com a Augusta, coração de São Paulo. Aqui no Brasil, nós sempre adotamos essa tática: avisar antes e beijar depois, atraindo a mídia para o local certo, na hora certa. Os beijaços que rolavam pela Europa, por exemplo, eram repentinos, sem aviso prévio, gerando pouca mídia. A razão de ser do beijaço é atrair para nós a atenção da sociedade, e, aos olhos de todos, reclamar nossos direitos. É assim, de forma afetuosa e amorosa, que os gays marcam posição. Os grupos conservadores vão cair de pau em cima, dizendo que essa é mais uma prova do fim dos tempos, e tudo mais, mas deixem eles gritarem.
Na França, onde eles adotavam a tática do beijaço repentino e rápido, agora eles marcaram o próximo para dia 14 de fevereiro, e será simplesmente na frente da catedral de Notre Dame, principal catedral da França, talvez a segunda do mundo depois do Vaticano. Os franceses realmente perderam o medo e vão, literalmente, “causar”. O mundo todo vai ver, e eu estou adorando essa ousadia toda.
Aqui no Brasil, o beijaço tem uma finalidade bem determinada: defender a manutenção dos nossos direitos no Plano dos Direitos Humanos, que o presidente Lula vai mandar para o congresso no começo desse ano, mas que não tem ainda redação definitiva. Lula já avisou que vai manter todos os nossos pleitos, mas precisamos lembrar que o nosso Congresso Nacional não é exatamente flor que se cheire, e os conservadores, principalmente os evangélicos, lutarão com unhas e dentes contra tudo o que nos diga respeito. Lembre-se do nosso PL 122/06! Guerra é guerra, e lá vamos nós. Conseguiremos, tenham fé. Aliás, belo pedido para o nosso São Sebastião, não acham?
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