Meus caros, eu não fui ao beijaço de ontem, em frente à Ofner da Alameda Campinas, compromissos familiares me impediram, mas insisti com vários amigos que fossem, e acho que consegui convencer alguns. Sexta-feira eu ainda estava em dúvida se os beijaços surtem o efeito que queremos no combate a homofobia, mas, pelos relatos que tive, e depois de pensar melhor a questão, vejo que estava muito equivocado. Qualquer manifestação reclamando nossos direitos, desde que bem organizada, é bem-vinda e necessária. Parabéns a André Bocuzzi, a quem eu não conheço ainda, pelo maravilhoso trabalho na organização desse evento, vejam aí um militante que nos orgulha, e merece minha admiração. Um novo militante de quem espero falar bastante. No evento de ontem, havia cerca de 200 pessoas, e ampla cobertura da mídia, com direito ao pessoal do CQC, e dos principais jornais e portais da net. Depois do esperado momento do beijo, todos subiram a Alameda Campinas e foram para o local onde houve a agressão com as lâmpadas de vidro, na Avenida Paulista. A Polícia Militar acompanhou, embora alguns participantes tenham reclamado que havia apenas duas motos e uma viatura, esperavam mais, mas não houve nenhum incidente. Aliás, precisamos reclamar do próximo governador um trabalho bem-feito junto aos policiais militares para que saibam como tratar os homossexuais, nos moldes da formação exemplar que a Guarda Civil Metropolitana, especialmente a competente Inspetora Andréia Silva França, de quem já tive o privilégio de falar aqui. E vamos exigir, quem sabe com beijaços em frente ao Palácio do Governo, que ele bote para funcionar, com gente capaz, o Conselho Estadual dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais
Semana passada, todos nós recebemos a péssima notícia do ataque promovido por um partido político, que está quase roubando a vaga de Jean Wyllys no Congresso, pois já obtiveram até uma liminar do Ministro Marco Aurélio Mello, do STE. Busquei, com amigos blogueiros, advogados, e até um juiz aposentado do Tribunal Eleitoral Carioca, e deste último ouvi uma frase sábia: “Essa não é uma questão de teoria jurídica, mas uma briga de força”. De fato, assim também me parece. Indago se o PSOL, partido que conta com gente competente e experiente como o próprio ex-candidato Plínio Sampaio, está se movendo suficientemente nessa luta. Imagino que sim. Vejam vocês, é de gente assim que precisamos: Jean, Andrés Fischer e Bocuzzi, Tony Góes, Franco Reinaudo (do CADS). Com militantes inteligentes e atuantes, que vamos combater a homofobia. Benza Deus, que assim o seja. Abraços do Cavalcanti.
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