Caríssimos, já tenho meu candidato à presidência nas eleições de 2014: Bernardinho, técnico da Seleção Brasileira de Voleibol, campeã da Liga Mundial pela nona vez. É incrível como ele consegue fazer as coisas darem certo, como, sob seu comando, os jogadores dão tudo de si, como o conjunto funciona, e, fundamental, como eles ganham todas. Ali está um Brasil que dá certo. Ele tem jogadores fantásticos na quadra, entre eles seu próprio filho, que chegou lá por méritos próprios, diga-se. Nem o mais azedo dos críticos diria que Bruninho foi protegido, ou favorecido pelo sobrenome, o menino joga muito bem. Imagino que, em um blog gay, vocês esperem comentários sobre os homens, sobre aquele exército de músculos e testosterona suando e voando pela quadra, metralhando os adversários, mas essas serão as únicas palavras gays a respeito do assunto, conformem-se. O que realmente me toca, me admira, é a figura do grande líder, ouso dizer um grande rei, sem o qual, imagino, não teríamos ido tão longe.
Ele não é o único grande técnico, diga-se, não posso me esquecer de José Roberto Guimarães, técnico da seleção campeã olímpica de 1992, na Espanha, que ganharia outra com a seleção feminina, em 2008. O time de 1992 foi aquela seleção que conquistou o Brasil, levou a tietagem ao limite, quem lotava arquibancada eram as meninas. Na quadra, estavam Marcelo Negrão, Carlão, Paulão, Maurício, Tande e Giovane, e outros cujos nomes não me lembro. Giovane era o gatão, levava as meninas à histeria quando entrava na quadra. Certa vez viajei ao lado do Maurício, levantador, e vi ele fazer contas prosaicas de talão de cheques, e respirei o ar que ele respirava, mas não tive coragem de pedir autógrafo.
Assim como no futebol, só acompanho o vôlei nos campeonatos, mas isso quer dizer muitas coisa – tem campeonato para todos os gostos. O fenômeno do voleibol no Brasil não tem 20 anos, lembro da seleção de prata, com o próprio Bernardinho na quadra, mas na década de 1980. Ele era gatíssimo, aliás, ainda é, mas só brilhou mesmo como técnico. Ninguém consegue levar uma seleção, de qualquer esporte, tão longe e tão alto, como ele. Ganhamos muito mais títulos no voleibol que no futebol. Por que não mudar de mania? Aliás, por quê não eleger o homem para presidente em 2014? Esses são os votos delirantes de um Cavalcanti tiete e esperançoso.
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