Caríssimos, confesso que a Copa já está atrapalhando demais minha vida para que eu me emocione com os jogos. Se não ganharmos, alguém morre? Eu não. Ficarei triste por algumas horas, mas a seleção de Dunga não encantou meu coração a ponto de os achar merecedores da vitória. Tristeza para os brasileiros, mas um choque de realidade talvez seja benéfico ao País, pensar um pouco mais na realidade, nas eleições, isso é necessário e oportuno, podem crer.
Mudando de assunto, exatamente para a vida real, vocês se lembram de meus queridos amigos Luki e Pati? Ainda posso falar livremente deles, pois continuam protegidos pelos nomes falsos. Sua confusão afetiva, ao transarem um com o outro, nos fez rir há algum tempo. Pati já se casou de novo, outro namorado devidamente instalado em casa, o que deixa o Luki meio sem rumo. Por sem rumo vocês podem entender: balada todas as noites. Esse final de semana ele saiu na sexta e no sábado, e passou o domingo arrasado na cama, num estado que preocupou os amigos. Do fígado restou pouco coisa, depois de decalitros de vodka, só muito chá de boldo e Engov para recuperar o menino. Ele me confessou que tomou um único ecstasy, mas acho que foi bem mais do que isso. A ressaca de um aditivo como ecstasy, principalmente quando misturado com bebida, é uma depressão profunda, daquelas de não conseguir se levantar da cama, e foi nesse estado que ele pediu socorro pelo telefone. Pati estava na praia com o novo namorado, lá fui eu resgatar meu amigo.
Já disse a vocês, Luki é um moreno de mais de 1.80 m, corpo incrível, arrasa corações, mas, ele é que fica arrasado no final de uma balada. Parece coisa de criança. Não estou fazendo um julgamento moralista, seria hipócrita, minha história todos vocês conhecem. Só acho que ninguém precisa se estragar tanto para ter prazer. Se está agindo assim, algo está errado na vida. Socorri meu amigão, vi o homem vomitar a alma no banheiro, e chorar, reclamando da solidão. Fui carinhoso com ele, mas disse todas as verdades, e avisei que ia postar a história toda. Caríssimos, ninguém precisa de tanta balada, bebida e drogas para ser feliz. Conheço várias pessoas que já se arrebentaram assim. Moderem, e a vida será bem melhor, podem crer no Velho Cavalcanti.
Deixe um comentário