Boris Casoy e Rodrigo Mesquita

– Um balanço de 2009. O site da Brasileiros ouviu personalidades do País para avaliarem o melhor e o pior do ano. Quais os fatos positivos e negativos nas mais diversas áreas, como esporte, política, economia, cultura, artes, entre outras. Confira o que falaram esses ilustres brasileiros.

Boris Casoy: “Eu acho que os fatos importantes foram a confirmação da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil”

“Acho que o pior de 2009 foi a crise mundial que, ao contrário do que dizem muitos, inclusive o presidente Lula, não foi uma marolinha no Brasil. Afetou a economia, consequentemente o emprego. Menos que nos EUA e na Europa, mas atingiu o PIB do Brasil, que vai ser anunciado nos próximos dias e vai ser muito baixo, se não for negativo.”

“Esse ano, o Brasil não conseguiu atingir os índices de desenvolvimento do ano passado.”

“O lado positivo foi a maneira que a crise foi enfrentada. Acho que ela foi bem enfrentada pelo governo, que agiu relativamente bem na questão dos juros. Na minha opinião, poderia ter derrubado um pouco mais os juros e nas medidas que foram tomadas, administrando de maneira eficiente a crise. Eu acho que aí é ponto para o governo do presidente Lula.”

“Eu acho que o Brasil está saindo melhor que os EUA e a Europa, mas outros emergentes comparáveis ao Brasil, como China, Índia e Rússia, se saíram melhor. Mas, o País acho que não sai mal. Essa visão de que saiu mais forte pra mim é mera retórica.”

“Eu acho que os fatos importantes foram a confirmação da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil, que podem ter repercussão positiva para o País, mas eu ainda acho que a gente deve prestar muita atenção, que a sociedade brasileira deve prestar muita atenção para dois aspectos: primeiro, a organização. Nós somos muito adeptos da improvisação e, aproveitando o exemplo do Pan-Americano, devemos fiscalizar de maneira radical a questão das despesas que serão efetuadas nos dois eventos.”

“Eu pessoalmente gostei de um filme que se chama O Leitor, o do Tarantino também. Eu costumo assistir aos mais comentados, não tenho o costume de ir ao cinema.”

“Gozado que ontem eu comprei um filme que estou esperando chegar. Eu não lembro o nome do diretor, mas o Marcello Mastroianni é um dos astros, chama A Comilança, é um filme dos anos 1960 e ainda muito atual. Esse, estou esperando pra ver ainda esse ano.”

“Pra mim, 2009 foi um ano positivo. Com 68 anos, atravessei com saúde, completei meu 2º ano na Band, trabalhando no lugar que eu gosto, com prazer. Eu não posso reclamar do ano. Eu olho com preocupação para o país que eu vivo. Eu posso dizer com a questão da corrupção, que eu acho grave no País. Além dela, existem três outros setores que me preocupam: a segurança pública, a saúde e a educação. É uma coisa que me preocupa muito, porque até esse instante eu não vejo providências no sentido de uma saída para esses problemas. Eu acho que os governos, vários deles empurraram o problema com a barriga e esse também. Trataram superficialmente, então acho que isso vai mal.”

Boris Casoy é jornalista e atualmente apresenta o Jornal da Noite na Band, além de ser um dos âncoras da rádio BandNews FM


Rodrigo Mesquita: “Classifico 2009 como um ano neutro”

“O pior de 2009 foi a crise econômica e o melhor foi a maneira com que ela foi atravessada, sem grandes sofrimentos, graças a uma política econômica que vem sendo mantida desde o governo Fernando Henrique Cardoso.”

“No esporte, destaque para as vitórias do nadador César Cielo, o atleta mais rápido do mundo nos 50 m e nos 100 m. Pelo lado negativo, a derrota do meu São Paulo no Campeonato Brasileiro.”

“No lado cultural, é importante ressaltar a expansão da atuação dos atores da mídia social, graças ao amadurecimento das possibilidades da computação em nuvem (cloud computing). Não ressalto uma ação exclusiva deste universo, ressalto a produção cultural produzida de forma compartilhada e colaborada, e que, infelizmente, pode ser comprometida pelas ameaças que pairam sobre uma internet totalmente livre e aberta.”

“Se tivéssemos fechado a COP 15 com fatos substantivos e se Barack Obama tivesse correspondido o mínimo à expectativa positiva e de esperança que o mundo inteiro teve sobre o seu governo, diria que o ano de 2009 foi positivo. Como nada disso ocorreu e economia andou de lado, classifico 2009 como um ano neutro.”

Rodrigo Lara Mesquita, jornalista e desbravador na área de tecnologias de informação


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