Que jogaço! Brasil e Rússia no basquete masculino protagonizaram, nessa quinta-feira, um dos momentos mais eletrizantes dos Jogos Olímpicos 2012. No final, melhor para a Rússia, 75 a 74.
O Brasil começou forte, conseguindo anular a principal arma russa, o gigante Andrei Kirilenko. Eficiente também na frente, a seleção fechou o primeiro quarto em vantagem, 20 a 15.
O segundo quarto foi, seguramente, o responsável pela derrota brasileira. Alex, o homem que estava anulando Kirilenko, saiu e deu lugar a Anderson Varejão, que não foi feliz na função. O craque russo foi responsável por 14 dos 25 pontos dos europeus no segundo período, mais pontos que a equipe inteira do Brasil, que fez apenas 12. Na metade do jogo, o placar apontava 40 a 32 para a Rússia.
Um pouco mais ligada na partida, a seleção de Magnano lutava para não deixar seus adversários desgarrarem no placar. Leandrinho puxou a responsabilidade no terceiro quarto e o Brasil levou o jogo ainda com chances de virada, perdendo por 53 a 59.
O último quarto foi um banquete para os amantes do esporte, fica até difícil se entristecer com a derrota. Mais vale enaltecer o protagonismo do Brasil em jogo de alto nível.
Larry, americano naturalizado brasileiro, mostrou raça tupiniquim e chamou a responsabilidade no último quarto e comandou a reação. Faltando pouco mais de três minutos o Brasil encostou, virou e, um minuto depois, já vencia com uma confortável vantagem de 5 pontos. A Rússia encostou e faltando 26 segundos para o fim do jogo encaixou uma cesta de três pontos para empatar e levar os espectadores a loucura.
Posse de bola brasileira e Marcelinho Huertas foi chamado para resolver para o Brasil. O armador bateu bola, esperou o tempo passar para que, após o ataque brasileiro, a Rússia não tivesse tempo para atacar. Huertas acelerou, invadiu o garrafão e fez a bandeja, 74 a 72 faltando apenas 6 segundos para o final do jogo. Festa brasileira! Quem não fez festa foi Vitaliy Fridzon, no ábito do juiz ele recebeu bola fora do garrafão com marcação cerrada de Leandrinho, o brasileiro escorregou e o russo arriscou… Sim, a bola caiu… Os 6 segundos pareceram alguns longos minutos quando a bola laranja encontrou as mãos de Fridzon.
O Brasil caiu, 75 a 74, mas caiu em pé! Com duas vitórias em três jogos, a derrota não ascende o sinal vermelho, mas pode antecipar um confronto decisivo contra os virtuais medalhistas de ouro, os Estados Unidos e seu pomposo Dream Team.
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