Na semana em que governos de vários países expulsaram seus diplomatas sírios em resposta aos constantes ataques das forças do ditador Bashar al-Assad contra sua própria população civil, o Brasil decide manter os embaixadores do país. A decisão foi anunciada pelo Itamaraty com o argumento de que a expulsão serviria apenas para cortar o diálogo com o governo sírio em um momento em que a negociação é cada vez mais importante.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, afirmou que há uma crescente preocupação com essas expulsões, que “são inaceitáveis e não estão em conformidade com a agenda do enviado especial Kofi Annan, que é de cessar a violência”.
Expulsões
Após o massacre causado pelo exército sírio na cidade de Houla, que matou 108 pessoas na última terça-feira, dez países – Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Bulgária e Nova Zelândia – expulsaram seus diplomatas sírios e outros três países – Holanda, Bélgica e Suíça – declararam os representantes do regime de Bashar al Assad persona non grata nos seus territórios. Nesta quarta-feira, dia 30, a Turquia e o Japão também anunciaram a expulsão da equipe diplomática síria.
LEIA MAIS
Potências mundiais expulsam diplomatas sírios após massacre em Houla
Brasil condena mortes de civis na cidade síria de Houla
Kofi Annan: situação na Síria é terrível
Deixe um comentário