“Brasil pode ajudar a solucionar crise europeia”

Dilma Rousseff e o premiê da Espanha, Mariano Rajoy

Em visita à Madri, na Espanha, a presidenta Dilma fez questão de oferecer a experiência do Brasil em solucionar crises econômicas internas para ajudar a solucionar os problemas enfrentados pela Europa. Criticando as medidas do plano de austeridade adotado pelo continente, que acabam por frear o desenvolvimento dos países membros,  a presidenta afirmou que a combinação cortes de gastos e incentivo ao crescimento é a melhor saída para a crise.

“O Brasil pode e deve contribuir para uma solução da crise, que passa necessariamente pelo crescimento. Eu considero que a combinação de austeridade e crescimento é a melhor forma de superar os desafios de uma crise. (…) Até porque nós, no Brasil, temos uma experiência de que o baixo crescimento, ao invés de reduzir, o que faz é aumentar a dívida e o déficit”, disse.

Para rebater as críticas recebidas pelo Brasil de autoridades europeias de que o país não realiza a contento o controle de gastos e da inflação, Dilma afirmou que sua administração não considera a distribuição de renda e o crescimento antagônicos ao equilíbrio fiscal. “Nós tivemos durante duas décadas apenas a perspectiva do ajuste fiscal e só conseguimos sair da crise quando fizemos controle de gasto e de inflação com a distribuição de renda, com crescimento”, afirmou.

A declaração foi dada em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, dia 19, no Palácio da Moncloa ao lado do premiê da Espanha, Mariano Rajoy. No discurso, Dilma colocou o País à disposição da Espanha. “O Brasil se põe à disposição da Espanha, de Portugal e de todos os países europeus”, disse.

Com a Espanha passando por uma das mais sérias crises econômicas e sociais da Europa, Rajoy defendeu as políticas adotadas pelo pacto de austeridade, afirmou que o seu país vai seguir à risca o que foi acordado e que “não existe varinha mágica para resolver o problema” . “Estamos fazendo uma política que controla o déficit público e cria bases para o crescimento. Tenho total e absoluta convicção de que o pior já passou. Em 2014, a Espanha vai ter crescimento econômico positivo”, disse.


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