Durante toda a semana, está sendo realizada na Sociedade Harmonia de Tênis, em São Paulo, a Copa Petrobras de Tênis. O campeonato, com a decisão marcada para o próximo domingo (1º de novembro), atraiu diversos tenistas de vários países, entre eles, uma enxurrada de argentinos.
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Quando o assunto é tênis, é preciso dar o braço a torcer. Os argentinos ainda estão anos-luz à nossa frente. Não passa um ano que o país não coloca um atleta entre os 10 melhores do mundo, além de ter sido, nos últimos quatro anos, duas vezes vice-campeão da Copa Davis, espécie de Copa do Mundo por países. Atualmente, a Argentina está na quinta colocação do ranking de países da ITF (Federação Internacional de Tênis). No mesmo ranking, o Brasil ocupa apenas a 18ª posição. No ranking masculino de simples da ATP, são sete os atletas argentinos entre os 100 melhores, enquanto o Brasil tem apenas dois.
Na Copa Petrobras de Tênis, a superioridade portenha também é clara. Disputada desde 2004, a competição está na 32ª etapa, das quais nossos hermanos já faturaram quase a metade, com 15 conquistas, enquanto o Brasil tem apenas quatro vitórias. Nas cinco etapas que aconteceram em 2009, duas foram vencidas por tenistas argentinos, enquanto nenhum brasileiro chegou sequer à final.
No ano de 2005, por exemplo, um garoto de 16 anos fez sua estreia no circuito profissional e já faturou a etapa uruguaia da Copa Petrobras. Neste ano, o atleta subiria incríveis 900 posições no ranking da ATP, confirmando seu futuro promissor. Seu nome é Juan Martín Del Potro, que em 2009 conquistou seu primeiro Grand Slam, ao bater o intocável Roger Federer na final do US Open. Hoje, ele é o 5º melhor tenista do mundo.
A sexta e última etapa do ano da Copa Petrobras de Tênis, em São Paulo, promete ser diferente no duelo Brasil x Argentina. Dos 33 atletas que iniciaram na chave principal do torneio, 11 eram brasileiros e três ainda seguem vivos nas quartas-de-final, enquanto a Argentina conta apenas com Juan Ignacio Chela.
Franco Ferreiro, que irá jogar por uma vaga nas semifinais do torneio contra o espanhol David Marrero por volta das 16h desta sexta-feira (30), opinou sobre o assunto. “A diferença entre o tênis no Brasil e na Argentina é a vontade. Lá todo mundo se ajuda, aqui ninguém ajuda ninguém, rola muita inveja entre jogadores e técnicos. Essa é a grande diferença”, dispara o tenista.
Para Antonio Torello, diretor da Koch Tavares, empresa que organiza o evento, a diferença é a maneira com que eles lidam com todos os aspectos do tênis. “A cultura tenistica na Argentina é diferente. A imprensa aqui preferiu divulgar que Agassi, quando jogava, se dopava, do que divulgar esse torneio em São Paulo”, analisa.
Torello falou ainda que a etapa, a primeira realizada em São Paulo, promete ser diferente. Ele não só torce como acredita em uma vitória de Thomaz Bellucci, atual 43º do mundo e que disputará uma vaga na semifinal por volta das 18h, contra o chileno Nicolás Massú. Para quem quiser apoiar e prestigiar o tênis brasileiro, o torneio está acontecendo na Sociedade Harmonia de Tênis e a entrada é franca.
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