Brasileiros faz aniversário. Completamos um ano de vida, doze meses, doze edições da revista e, como se esperava, foi um ano sofrido. Um ano de muito trabalho no caminho da consolidação de um projeto novo como esse. Mas que nos traz muita felicidade. E essa é uma alegria que fazemos questão de dividir com nossos leitores, com nossos anunciantes, com nossos colaborado-res. Todos eles crescentes e dos quais muito nos orgulhamos.
Com tudo isso, pode parecer estranho que a imagem escolhida para capa dessa edição não seja a imagem da alegria, nem a da felicidade. A foto, que registra uma cena do velório de Ruth Cardoso vem carregada de muita tristeza. Chora-se ali a morte de uma grande mulher. A perda de uma grande brasileira.
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Mas, para além da dor, aquela é uma cena pródiga em simbologia. Há nela componentes que rivalizam com a tristeza. Há esperança. Há compreensão. Há, naquele gesto, principalmente bom senso e sinceridade. O abraço de Lula e Fernando Henrique é comovente. Ele é o reconhecimento de um passado de trincheiras compartilhadas desde muito cedo. Assim como é comovente a presença de Idalina, camareira do Palácio da Alvorada, que pediu a Lula para trazê-la porque queria despedir-se de Ruth, a quem servira em Brasília (Idalina está ao lado de Lula, na foto da página 8 da edição impressa, na matéria do Nirlando Beirão).
O abraço é como se fosse uma prova de que o entendimento entre os dois partidos por eles representados é possível. Pode nem acontecer, mas é possível. Em Minas está acontecendo, graças aos esforços de Aécio Neves e de Fernando Pimentel.
E faz bem testemunhar isso. Até porque a imagem simboliza algo em que Brasileiros aposta desde seu nascimento. Acreditamos que não se faz um país com mesquinhez. Acreditamos que um país se constrói com grandes gestos. Como o gesto da capa desta nossa edição de primeiro aniversário.
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