Com certeza nessa semana você se deparou com um vídeo de algum amigo ou conhecido no qual ele, desafiado por um terceiro, virava em sua própria cabeça um balde de água com gelo. A brincadeira era coisa séria, surgiu com o objetivo de levantar doações para entidades ligadas à esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como doença de Lou Gehrig doença essa que atinge mais de 6 mil pessoas no Brasil.
O desafio, que começou nos Estados Unidos e tomou o mundo, era simples: ou balde, ou doação. Cada desafiado tinha 24 horas para registrar em vídeo o despejo de água gelada em sua cabeça e fazer a mesma proposta para mais três conhecidos, caso a tarefa não fosse cumprida, o “perdedor” teria que doar US$ 100 para a causa. No final das contas, mesmo quem se gravava completando a proposta, fazia a doação.
Desde o início da semana, foram quase 3 milhões de vídeos compartilhados no Facebook, homens, mulheres, crianças, idosos, famosos, anônimos, todo mundo entrou na brincadeira. As proporções ficaram grandes a partir do momento em que “figurões” da rede abraçaram o viral. Foi Mar Zuckerberg desafiando Bill Gates, Neymar passando a bola para Zuniga (sim, o mesmo colombiano que o tirou da Copa do Mundo com um golpe por trás), Barack Obama declarando que não iria se ensopar, mas que faria sim sua parte com a doação…
Segundo o site da associação ALS, nos Estados Unidos, país que mais levantou, em agosto desse ano as doações alcançaram a marca de US$ 31,5 milhões(R$ 71,265 milhões de reais) vindas de 637527 novos doadores, quantia muito superior aos US$ 1,9 milhões arrecadados no mesmo período do ano passado.
No Brasil a moda também pegou e logo os vídeos começaram a pipocar. Famosos como Luciano Huck, Ronaldo e Ivete Sangalo viralizaram. Outros, como Rafinha Bastos por exemplo, encontraram no fenômeno uma oportunidade para criticar o governo de forma irônica, citando a crise da falta de água em São Paulo. Até Eduardo Suplicy deu as caras, usando o momento para fazer uma curta propaganda política e citando os três projetos de lei apresentados por ele para implementar uma espécie de “política das doenças raras”. Mas o fato é que as doações financeiras por aqui não foram abundantes. De acordo com o Brasil Post, que falou com a Associação Pró-Cura da Ela, a Associação Brasileira de Esclerosa Lateral Amiotrófica (Abrela) e o Instituto Paulo Gontijo (IPG), responsáveis por arrecadar o dinheiro para a causa, o total recebido em agosto gira em torno de R$ 75 mil, um número que apesar de muito superior ao mesmo período do ano passado nem de perto representa uma fração da quantidade de vídeos compartilhados nos perfis nacionais.
Assista Eduardo Suplicy entrando na onda
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