Meus caros, impossível não falar do filme Bruno, de Sacha Baron Cohen, já há alguns dias em cartaz. Gostei do filme, acho obrigatório para todos os gays e héteros, mas, héteros queridos, tomem cuidado! Cohen, que fez o hilário Borat em 2006, desta vez encarna Bruno, um gay que é uma grande estrela de televisão na Áustria, mas cai em desgraça e é demitido. Desesperado, sai mundo afora aprontando todas para recuperar a fama. Ele mostra um mundo onde gays e héteros, negros e brancos, americanos e africanos, todos topam tudo por dinheiro e até vendem criancinha s por um lugar ao sol. O filme já foi descrito como um falso documentário, e eu não sei realmente até que ponto aquelas pessoas não sabiam que estavam sendo filmadas. Escrachar o mundo gay e as “ bibas ” com seu comportamento escandaloso é o mínimo, e, a bem dizer, o que inicialmente se espera de Bruno. O filme consegue ser tudo, de muito engraçado a muito constrangedor, de inteligente a um porre. Em vários momentos , ri de doer a barriga, mas em outros achei forçado e me cansei.
Eu acho que este é o defeito do filme – o excesso de excessos. Misturar comédia e denúncia é uma boa sacada, só que Cohen atira em coisas demais. De trocar criancinha negra na África ao conflito no oriente médio, passando por todas as simulações de sexo gay imagináveis e pela conversão de homossexuais, a lista é longa. Só não falou da derrubada da Floresta Amazônica, benza Deus. Muita gente está se escandalizando com a cena de nu frontal e com as cenas de sexo gay, mas acho que tem coisa pior. O importante é que as cenas de humor são ótimas e valem o ingresso. Walkiria, uma amiga querida de 64 anos, que teve aulas de “delicatesse” quando estudou no Colégio Sion, adorou. Bárbara Walters recomendou que os pais fossem ver o filme, mas que não levassem os filhos. Eu recomendo a vocês que vejam o filme e que o recomendem a seus pais, mas pensem bem se vão assistir ao lado deles.
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