Os estados de Oregon e Alasca e o distrito de Columbia, onde está localizada a capital dos Estados Unidos, Washington, aprovaram nesta terça-feira (4) a legalização do uso da maconha para fins recreativos, com regras distintas. Eles se juntam aos estados de Colorado e Washington, que já haviam liberado a droga em anos anteriores.
Na Flórida, ao contrário, a consulta sobre a legalização referendou a posição negativa para a legalização. Assim, quatro estados e o distrito de Columbia são os locais onde a droga será liberada no país.
Em Oregon, a nova lei vai permitir a posse pessoal, o plantio e a venda para pessoas com mais de 21 anos, além de regulamentar o comércio de produção, distribuição e venda da planta. Em Columbia, porém, o ordenamento será mais rígido: cada pessoa poderá possuir, no máximo, duas gramas da droga para uso pessoal e ter até seis plantas de maconha em casa. Na capital ainda será permitida a transferência de quantias limitadas para outras pessoas, mas não a venda. As medidas são parecidas com as do Alasca, onde será permitido o porte de apenas uma grama de maconha para pessoas com mais de 21 anos.
Na capital estadunidense, no entanto, a medida gerou discórdias: por ser um distrito, e não um estado, o Congresso do país tem poder de anular leis referendadas em consultas populares, e alguns parlamentares já sinalizaram com a possibilidade de anular a decisão.
“É sempre uma batalha difícil vencer a iniciativa da legalização da maconha em um ano como este, em que os jovens estão menos propensos a votar. Assim, a vitória de hoje (terça-feira) fica mais doce”, disse um dos líderes do movimento favorável ao uso da maconha, Ethan Nadelmann, da Drug Policy Alliance.
As decisões já criaram debates em outros locais: nesta terça-feira, os jornais da Califórnia manchetaram reportagens sobre um possível plebiscito para liberar a maconha no estado em 2016. Uma lei federal nos Estados Unidos considera a maconha uma droga ilegal, assim como a cocaína e o LSD.
Entre esta quarta-feira (5) e quinta (6) serão divulgados os dados oficiais de percentuais e números de votos das eleições gerais nos Estados Unidos, que aconteceram nesta terça.
Eleições parlamentares
Os republicanos conquistaram a maioria no Senado dos Estados Unidos, de acordo com projeções feitas pelas redes de televisão estadunidenses nesta quarta-feira (5). O partido oposicionista ao presidente Barack Obama passou a deter pelo menos 51 dos 100 assentos do Senado, além de manter o controle da Câmara dos Representantes e selando o domínio sobre o Congresso. Eles conseguiram os seis assentos do Senado que precisavam para tirar a maioria dos democratas.
Os estados da Carolina do Norte, de Arkansas, Dakota do Sul, Montana, da Virgínia Ocidental e do Colorado foram os que mudaram das mãos democratas para as republicanas e abriram a porta aos conservadores para o controle total do Congresso nos últimos dois anos de mandato do presidente Barack Obama.
Essas eleições, destinadas a renovar os 435 assentos da Câmara dos Representantes e um terço do Senado, pautaram-se pelo descontentamento em relação a Obama, que convidou os líderes das duas câmaras para um encontro na Casa Branca na sexta-feira (31).
Do total de lugares em jogo, apenas uma dezena de estados (Iowa, Colorado, Kansas, Carolina do Norte, Georgia, Louisiana, Alasca, Arkansas, Kentucky e New Hampshire) era considerada chave para decidir o controle da Câmara Alta. Esta é a primeira vez, desde 2006, que os republicanos controlam as duas câmaras do Congresso, o que faz prever um difícil fim de mandato para Obama. O presidente acompanhou as eleições e falou com candidatos de ambos os partidos, segundo o porta-voz Josh Earnest, em sua conta na rede social Twitter.
Uma das primeiras vitórias foi a do senador republicano pelo Kentucky, Mitch McConnell (líder da minoria no Senado) que, com esses resultados, alcança o sonho de se tornar o próximo líder republicano da maioria.
“Amanhã, os jornais vão dizer que ganhei esta corrida (…), mas a verdade é que começamos outra [vitória], mais importante do que a minha, que é a de dar a volta a este país”, disse McConnell, em discurso em Louisville.
O atual líder da maioria democrata, Harry Reid, felicitou McConnell em mensagem no Twitter. “Os eleitores deixaram claro que querem que trabalhemos juntos. Estou preparado para fazer isso”, afirmou. Segundo pesquisas de boca de urna, oito em cada dez norte-americanos que votaram nessa terça-feira mostraram-se insatisfeitos com o trabalho do atual Congresso e a maioria desaprova a administração do presidente Obama.
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