A candidata menos votada pela comunidade acadêmica na eleição para reitor da PUC-SP, a professora Anna Cintra, de 73 anos, deve assumir como nova reitora nesta sexta-feira, dia 30. Nem os protestos nem a greve de alunos, funcionários e professores, fizeram com que o grão-chanceler da universidade, o cardeal-arcebispo de São Paulo d. Odilo Scherer, mudasse sua decisão.
Apesar de passar por votação, a decisão final para a nomeação de reitor na PUC é sempre do cardeal, que escolhe a partir de uma lista tríplice. Há algumas décadas, no entanto, o candidato mais votado era sempre o escolhido, evitando atritos com a comunidade.
Em nota divulgda, d. Odilo destaca que a democracia na PUC-SP não foi “sequer arranhada”, pois as normas estatutárias aprovadas pela comunidade acadêmica preveem a decisão que foi tomada. Para o cardeal, a inversão da ordem jurídica interna seria, essa sim, “um golpe contra a autonomia universitária”.
Estudantes em greve dizem que Anna poderá assumir o comando o campus do Ipiranga ou no da Marquês de Paranaguá, onde a mobilização dos alunos é menor do que no campus de Perdizes. Na noite desta quinta, os estudantes decidiram em assembleia fazer uma vigília em frente à reitoria, em Perdizes.
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