Meus caros, imagino que ninguém tenha perdido a patética aparição do ditador Fidel Castro na televisão, fazendo um mea culpa pela perseguição e morte de milhares de homossexuais nos campos de concentração de Cuba, durante muitos anos do regime de sua interminável revolução. Fidel reconhece sua responsabilidade pelo que chamou de “Uma grande injustiça”, pois ele mesmo nunca teve “esse tipo de preconceito” (!), e termina afirmando que, naqueles tempos, estava mais preocupado com questões como a crise dos mísseis, e outros “problemas de vida ou morte”. Não se pode levar a declaração do dinossauro cubano muito a sério, pois, à guisa de mero exemplo, a crise com os Estados Unidos por conta dos mísseis, em outubro de 1962, na qual ele e John F. Kennedy quase levaram o mundo a uma guerra nuclear, não durou mais do que duas semanas, ao passo que a perseguição aos homossexuais em Cuba foi uma regra cruelmente aplicada pela ditadura de Castro por muitos anos. Sabe-se lá por que razão terá Fidel feito uma declaração ridícula dessas, em uma entrevista a um jornal mexicano? Poucos governantes se preocuparam tão pouco em angariar simpatia para si e seu governo, revendo publicamente erros de seu passado, quanto mais ele, que sempre preferiu mostrar-se como vítima dos norte-americanos, enquanto mamava benesses da União Soviética. Já sob Gorbachev a mesada começou a minguar, até que finalmente acabou com a dissolução do regime de Moscou. Mas ninguém pense que a vida dos homossexuais na ilha tornou-se mais fácil depois disso. Os cubanos são homofóbicos, e as escolas oficiais (não há outras) sempre ensinaram que homossexualidade era um mal do capitalismo, decorrente das distorções humanas que este gerava.
Fidel ressuscitou recentemente, depois de passar o poder a seu irmão Raul, por conta de graves problemas de saúde, nunca esclarecidos – nada naquela ilha é esclarecido, nunca! Será que está com medo da morte? Seria curioso um comunista marxista genético ter medo da morte, pois, se não acredita em Deus, não pode crer que haja alguém para puni-lo no além túmulo.
Seguindo as tristes notícias dos ditadores do mundo de hoje, só posso aplaudir de pé Carla Bruni, fofíssima, que defendeu a iraniana condenada a ser apedrejada até morrer, e foi ferozmente atacada pela imprensa da terra dos aiatolás, governada por um facínora condecorado pelo governo brasileiro. Me recuso a botar a foto de Fidel ou de Ahmadinejad neste post – lógico que o prêmio vai para a bela Bruni, figura mais próxima de Jackie Kennedy que a Europa conheceu nas últimas décadas. Abraços do Cavalcanti.
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