Não conhecia a revista Brasileiros. Li por acaso ao encontrar um exemplar a bordo do avião que fazia o vôo entre São Paulo e Ribeirão Preto. Além da qualidade dos textos, pude ler a entrevista com o ex-ministro e ex-presidente do Banco do Brasil, Karlos Rischbieter. Hoje sou aposentado e me orgulho de ter servido a essa instituição durante 30 anos. A reportagem mostra o caráter de um homem que teve a coragem de se rebelar sem qualquer apego ao cargo. Ainda hoje costumo lembrá-lo como exemplo de homem público. A revista prestou um grande serviço ao País e ganhou mais um leitor.
Paulo C. Lima, economista, Ribeirão Preto (SP)

Meu caro Ruy Castro,
Com muito talento, você transformou uma entrevista impossível numa crônica biográfica da melhor qualidade. É como se o Bellini, o eterno Bellini como você bem o definiu, ali estivesse, ao seu lado, contando histórias de vida, e você anotando tudo, com aquela perspicácia e vocação de garimpeiro dos fatos que Deus lhe deu. A foto que ilustra a abertura da entrevista passa exatamente esse quadro. Você sorridente, a Giselda descontraída, como se fosse iniciar um depoimento, Bellini atento à mulher, com uma fisionomia serena, a habitual elegância e o velho porte atlético e a beleza do rosto preservados.

“É como se o Bellini, o eterno Bellini como você bem o definiu, ali estivesse, ao seu lado, contando histórias de vida”

A matéria começa forte, impactante, como Bellini foi nos gramados: “Primeiro, Bellini foi uma estátua. Depois, a estátua se tornou Bellini”. Diz o filósofo que a síntese é a virtude do talento. Como você tem muito talento, não me surpreendeu a riqueza da síntese. De fato, Bellini era em si mesmo uma estátua. Para José Maria Scassa (ao entrevistá-lo em 1958), “a estátua da vitória”. Nelson Rodrigues, ao vê-lo tomando café num boteco, afirmou, em uma de suas crônicas geniais, que Bellini mais parecia “uma catedral tomando cafezinho”. Muito depois é que veio a estátua em frente ao Maracanã, a tal estátua que virou Bellini pela vontade soberana do povo. E não foi só a estátua – o povo, na sua sabedoria coletiva, criou, como projeção da estátua, a rampa do Bellini e o portão do Bellini. O final da matéria é de gala. Aí eu me emocionei, como estou certo que você também. Porque aquele último período foi escrito com o coração, com a alma. Diz você : “Há muito do que se lembrar. E devem ser lindas as lembranças, bem protegidas do mundo, que Bellini guarda no fundo da memória”. Coisa de gênio, Ruy. Parabéns. Tenho pena dos insensíveis. A leitura que eles fazem da vida e do mundo é muito mais pobre do que a nossa. Afetuoso abraço.
João Carlos Eboli, advogado, Rio de Janeiro (RJ)

Senhor Diretor,
Comprei a revista Brasileiros pela capa. A foto, que já conhecia de outras publicações, estava estampada numa banca de jornal em plena Alameda Santos. Mas ao folhear suas páginas só parei na última matéria. Tomara que após três décadas, Brasileiros venha suceder a imortal Realidade.Tomara! A diversidade é a sua marca e faz com que a revista não seja cansativa, repetitiva, com os mesmos temas de todos os dias. Aos domingos, as publicações semanais parecem uma mera cópia e há anos estão por aí. O que me surpreendeu, positivamente, é claro, foi que todos os temas são interessantes. Como não poderia deixar de ser comecei a leitura pelo texto de Nirlando Beirão, “Intolerância, aquele abraço!”. A sensibilidade do jornalista acabou por transformar a matéria num apelo ao bom senso e à civilidade. Quem sabe ainda influenciado pela crise moral que assola o País fui ler as memórias do ex-ministro Rischbieter. Ao contrário do que as revistas têm mostrado em nossos dias, li um documento raro, destes feitos para se guardar. Confesso que não conhecia sua história, mas trata-se de uma das exceções geradas pela vida pública brasileira – e certamente por isso ficou tão pouco tempo no governo. Parabéns ao jornalista René Ruschel. A seguir, a rotina de Franklin Martins por ninguém menos do que aquele que o antecedeu: Ricardo Kotscho. Bem, esse é um verdadeiro mestre e dispensa comentários. Depois, pude me deliciar com o excelente texto – e a ótima matéria – de Giedre Moura trilhando pelo “labirinto da felicidade”. Lampião, Bossa Nova, um show de imagens e fotos, futebol, imigração japonesa…Gente, que diversidade de assuntos numa só revista! Espero que não tenham esgotado a pauta. Parabéns a toda a equipe. Finalmente surge uma revista feita por gente inteligente.
Maurício de Campos Souto, sociólogo e consultor em RH, São Paulo (SP)

Prezado Hélio,
Como é bom chegar ao fim da vida acadêmica contrariando a regra comum de que tudo o que se aprende na faculdade é utopia porque na prática nada daquilo é verdade. Tive essa certeza há pouco tempo, no início do semestre, quando em um trabalho de faculdade uma colega apresentou à turma a revista Brasileiros. Com reportagens interessantes, inusitadas, bem escritas, comprometidas, completas, honestas com o leitor, a equipe de brasileiros que compõem a Brasileiros veio me presentear com essa sensação de que os quatro anos gastos nos bancos de faculdade não foram em vão. É possível fazer um jornalismo de revista movido pela paixão à profissão, pelo compromisso com a verdade e não com os interesses capitalistas. Foi a paixão que me levou à faculdade, a paixão que me manteve lá e é a paixão que está me fazendo adiantar a minha formatura em seis meses para poder começar logo a atuar nessa louca profissão que é tão importante para o desenvolvimento crítico da sociedade.
Acredito que só por meio de uma informação séria e de qualidade conseguiremos transformar alguma coisa na sociedade e Brasileiros é um exemplo do jornalismo que eu acredito, do jornalismo como tem que ser feito. É nesse jornalismo que estou me formando.
Já posso me considerar uma jornalista porque já sinto na pele as dores e delícias dessa profissão apaixonante que escolhemos para defender. Faço estágio em um portal aqui da minha cidade, Juiz de Fora (www.acessa.com), e sei bem as dificuldades que encontramos. Lá tenho liberdade para trabalhar, mas somos uma gota no oceano. Sei que lá fora o panorama é bem diferente e saber que ainda existe um jornalismo como os dos bons tempos em que, infelizmente, não vivi é uma grande satisfação.
Estou escrevendo este e-mail para parabenizar toda a equipe pelo excelente trabalho desenvolvido e, em especial, aos idealizadores de Brasileiros pela brilhante iniciativa de fazer uma revista que valorize a cultura nacional. Mais do que um novo veículo de comunicação, vocês criaram uma fonte de esperança para aqueles que, como eu, ainda acreditam no jornalismo como vocação, como profissão de fé, mais do que como mera atividade profissional. Aplausos! Aplausos! Aplausos! Carinhosamente e muito, muito grata pelo reforço de convicções e ideologias que me proporcionaram.
Marinella Souza, estudante de jornalismo, Juiz de Fora (MG)

Gostaria de parabenizar a Brasileiros pelo caráter elucidativo e não tendencioso da matéria sobre transgêneros e transexuais. Veículos formadores de opinião como a revista, que com seu conteúdo objetivam informar a sociedade, ajudam a quebrar estigmas e a integrar setores menos favorecidos, como as minorias marginalizadas. Foi com muita satisfação que li, ávida, a matéria. Com um ponto de vista tão profissional, um layout hightech e uma proposta tão plural, não tenho dúvidas que a Brasileiros se firmará, dentro de algum tempo, como uma das grandes publicações de nosso País. Parabéns a toda a equipe! A Brasileiros é a cara do Brasil!
Adriana Ferrato, jornalista transexual, Fortaleza (CE)

Hélio,
Parabéns a vocês, especialmente ao Robson Fernandjes, Nirlando e a quem criou a capa do abraço Lula-Fernando Henrique. É um registro importante do avanço da nossa maturidade institucional, ainda que ao elevadíssimo custo da ausência da mestra Ruth.
Grande abraço.
Nemércio Nogueira, Diretor – Assuntos Institucionais Alcoa América Latina e Caribe

Espero que vocês continuem nos dando a alegria suculenta de satisfações produzindo essa aromatizada revista Brasileiros. Como de hábito, toda e feliz iniciativa é sempre acompanhada pelo jargão: “com muito esforço e sacrifício”. Ora, mas vale a pena, pois essa revista lhes dá prazer provavelmente à proporção que nos atinge satisfatoriamente. Estou jogando confetes, sim, mas é pra dizer que vocês estão de parabéns mesmo porque gosto e admiro a revista que vocês fazem; por conseguinte, admiro o competente trabalho de vocês.
Dalvo Cruz , professor de antropologia, São Paulo (SP)

Gostaria também de parabenizá-los pelas ótimas matérias da Brasileiros. Confesso que não conseguia mais ler outras revistas tradicionais, como Veja, Isto É, etc…, até que dei de cara com a Brasileiros e achei a minha revista de cabeceira.
A linha editorial e os assuntos, a forma como são publicados, fotos e textos, tudo isso me deixou muito contente depois de 20 anos de jornalismo.
Abraço a todos.
Adriano Rosa, jornalista e repórter fotográfico, Campinas (SP)

Parabéns a toda a equipe pelo aniversário de Brasileiros. A foto da capa não poderia ser mais simbólica e mais apropriada, por traduzir solidariedade, respeito, amor. Afinal, a política não é um ringue permanente onde se travam, diariamente, lutas que nem sempre dignificam e ajudam nosso País. Que Brasileiros continue por anos e anos, através dos governos, reportando a brasilidade, debatendo os grandes problemas do processo civilizatório do Brasil. Abração
Woile Guimarães, jornalista e empresário de comunicação, São Paulo (SP)


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