Foto Reprodução
Duas semanas depois do 23º aniversário das manifestações de Praça da Paz Celestial, o governo chinês libertou o ativista Li Yujun, de 45 anos, um dos 20 manifestantes que ainda estavam presos. De acordo com a organização China Human Rights Defenders (CHRD), que anunciou a libertação de Li nesta quarta-feira, 23, ele deve cumprir pena domiciliar até o ano de 2020, não poderá deixar a cidade de Pequim e deverá se apresentar na delegacia uma vez ao mês.
Li Yujun foi preso aos 20 anos por atear fogo em um tanque para tentar impedir a passagem dos soldados até a praça da Paz Celestial, em Pequim, na tarde de 3 de junho de 1989, quando as autoridades centrais decretaram a lei marcial. Vendedor ambulante, ele foi condenado à morte, mas sua sentença foi reduzida para prisão perpétua em 1993. Três anos depois, a pena foi revista e reduzida mais uma vez, para 20 anos de reclusão. A pena foi concluída este mês. Apesar da liberdade, Yujun foi proibido de conceder entrevistas à imprensa e de expressar suas opiniões na internet.
De acordo com CHRD, 906 manifestantes foram presos naquela ocasião e alguns seguem presos.
O Massacre
A Praça da Paz Celestial, em Pequim, foi ocupada por mais de um milhão de estudantes e trabalhadores em abril de 1989, marcando o maior protesto na história da China comunista. Os manifestantes protestavam contra o desemprego, a inflação, a opressão e corrupção que assolavam o país durante o governo do Partido Comunista. As manifestações se estenderam por dois meses e terminaram no dia 4 de junho, quando as forças de segurança chinesas entraram em conflito com os manifestantes e mataram entre 400 e 3 mil pessoas.
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