Ciência ou superstição?

Observar as estrelas no céu e perceber correlações de seus movimentos com a vida na Terra é uma arte cuja origem se perde nos tempos. É atribuída a Hermes Trimegisto a idéia de que tudo que acontece no céu se reflete também na Terra. Essa noção de unidade do Universo é a base da Astrologia, que chegou até nós com um misto de religião, arte e ciência. Unindo a força vital e as leis matemáticas, os astrólogos estabeleceram relações entre a vida humana, a ordem que rege a natureza e as leis universais.

O tempo e os ritmos quase imutáveis da natureza, as estações do ano, a influência da Lua, enfim, essa correspondência entre os astros e a Terra constituiu as inter-relações nas quais se fundamenta esta ciência. Os astros guiam, desde sempre, as épocas propícias para semear e plantar e influenciam o ciclo reprodutor dos animais; onde enfim, a vida terrestre concorda com o pulsar do Universo. O estudo do homem, o enigma do seu ser e seu destino e os ambientes por ele construídos constituem a etapa seguinte na história da Astrologia. Assim como na natureza, nos elementos e nos animais, os antigos enxergavam em si mesmos a participação do divino.

Os eclipses

Um eclipse é o obscurecimento parcial ou total de um astro, pela interposição de outro. Os eclipses mais notáveis são os do Sol e os da Lua por sua magnitude. A palavra eclipse vem do grego ekleípsis e quer dizer desmaio, perda de cor e de brilho, ou então desfalecimento, que é a perda das forças e dos sentidos. Quando acontece um eclipse do Sol, por alguns minutos o Sol fica encoberto pela Lua, e temos a noite em pleno dia. É fácil imaginar como era apavorante para os povos antigos assistir a um fenômeno que não sabiam de onde vinha e que ia escurecendo e invadindo o Sol e que se projetava sobre a Terra.

Os babilônios, caldeus, egípcios e outros povos antigos acreditavam que sempre que houvesse um eclipse haveria desgraças no reino, sendo que as mais temidas eram as guerras e as invasões. Para diminuir seus “efeitos maléficos”, realizavam muitos rituais. Para os índios americanos havia a crença de que a agricultura e a caça iriam escassear.

Hoje em dia, os astrólogos observam principalmente a área da carta astrológica de um país ou chefe de governo que será ativada pelo eclipse, para avaliar possíveis eventos críticos naquele período. A carta do eclipse, neste caso, normalmente é construída para a sede do governo e para o horário da conjunção exata do Sol com a Lua. Esse mapa é utilizado como um importante elemento complementar das cartas fundamentais da nação, e esta influência pode estender-se por dois anos ou mais.

Eclipse total do Sol em 1º de agosto
No dia 1º de agosto tivemos um eclipse total do Sol no signo de Leão. O que é raríssimo acontecer. Foi avistado no hemisfério norte, principalmente no Canadá, Escandinávia, Sibéria, Irã, Iraque, Mongólia, Índia, Paquistão e China. O eclipse solar escureceu a China a uma semana da abertura das Olimpíadas. E o que poderia ser considerado uma atração a mais no ano em que a cidade de Pequim sedia os Jogos Olímpicos virou motivo de preocupação. Segundo estudiosos, o eclipse poderá anular o efeito positivo da data do início das Olimpíadas, que foi escolhida após consulta a astrólogos e numerólogos.

Os eclipses solares sempre foram associados a catástrofes ou à infelicidade. “Não existe, porém, nenhuma base científica para esta crença”, afirmou Peter So, eminente astrólogo chinês e especialista em Feng Shui, em Hong Kong. O fenômeno também era considerado como um meio de prever o futuro. Reza a lenda que, há mais de 4.000 anos, dois astrólogos chineses que não haviam previsto um eclipse foram decapitados. Para descrever um eclipse total do Sol, os chineses utilizam a expressão “ri quan shi”, que significa “o sol está inteiramente comido”. “No passado, os chineses acreditavam que um dragão celeste ou um cão devorava o Sol durante o eclipse. Isso explica por que muitas pessoas batem em tambores ou panelas quando vêem um eclipse. A idéia é afugentar o animal”, acrescentou.

Hoje, até as Bolsas de Valores parecem reagir ao fenômeno celeste. “Não chega a ser surpreendente. Alguns são reticentes em investir no dia de um eclipse total”, declarou o físico Cheng Kai-ming.

Raymond Lo, mestre de Feng Shui, considerou que a data da abertura dos jogos (8 de agosto) tem, segundo o calendário chinês, tendência a atrair desastres ligados à água, o que o eclipse poderia acentuar. “É o ano do rato, o mês do macaco e o dia do dragão. Tivemos a mesma combinação no dia 26 de dezembro de 2004, quando uma tsunami devastou o sudeste asiático”, lembrou Lo.

O Brasil nas Olimpíadas
Este eclipse solar formou um ângulo harmônico com a Lua e Júpiter do mapa astral brasileiro, indicando boas chances para o País, no entanto, o planeta Saturno, em conjunção com o Sol da Nação, restringe nosso brilho, fazendo com que nossas vitórias sejam limitadas.

Eclipse parcial da Lua – 16 de agosto
Este eclipse se dá no eixo Leão-Aquário e o mapa do eclipse, quando calculado para Brasília, corresponde ao eixo do Ascendente-Descendente, ou seja, projetos da Nação e inimigos declarados ou parcerias. Muitas vezes os eclipses não são benéficos em Astrologia mundial, mas um eclipse no Ascendente pode ter efeito benéfico, marcando o momento do início da solução das crises, indicando a remoção de obstáculos.


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