O cineasta Eduardo Coutinho, 80 anos, foi assassinado na manhã deste domingo (2), dentro de seu apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro. O filho do diretor, Daniel Coutinho, 42 anos, foi preso em flagrante. Daniel, supostamente, sofre de esquizofrenia e golpeou o pai com sete facadas. A esposa de Coutinho, Maria das Dores Coutinho, de 62 anos, mãe de Daniel, também foi esfaqueada. Ela foi internada e permanece em estado grave. Após golpear pai e mãe, Daniel tentou se suicidar com duas facadas no abdômen. Ele se encontra internado no Hospital Miguel Couto, sob custódia da polícia. Seu quadro é estável.
Segundo o Corpo de Bombeiros, uma chamada para a ocorrência na casa do cineasta foi feita às 11h48. Quando homens do quartel chegaram ao local, constataram que Coutinho já estava morto e os outros dois feridos foram encaminhados para o Hospital Miguel Couto. A esposa levou cinco golpes de faca. De acordo com informações do portal G1, o delegado Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios do Rio, ela se salvou porque conseguiu se trancar no banheiro após ser golpeada.
Paulistano, Eduardo Coutinho é considerado um dos maiores documentaristas do Brasil. Entre seus principais filmes estão clássicos da cinematografia brasileira, como “Edifício Master”, “Cabra marcado para morrer”, “Babilônia 2000” e “Jogo de Cena”. Seu último documentário foi lançado em 2011. Em “As Canções” , Coutinho buscou entender a memória afetiva através da música e, como em todos os seus filmes, sempre colocou a emoção e o caráter humano em primeiro plano.
O corpo de Eduardo Coutinho foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). O laudo da autópsia deve sair em 30 dias. Coutinho será velado amanhã, a partir das 10h, na Capela 3 do Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul. O enterro está marcado para as 16h.
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