O Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, em João Pessoa, reservou, acertadamente, sua noite de premiação para exibir Raul – O Início, o Fim e o Meio, de Walter Carvalho. O documentário, que estréia estreia nos cinemas no final de janeiro de 2012, será assunto de matéria exclusiva na edição de janeiro da revista Brasileiros.
[nggallery id=13878]
Antes de ser exibido em João Pessoa, o filme já tinha encerrado o Fest Rio deste ano e, além disso, integrado a programação oficial da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. “Eu não tinha como negar um pedido de Lúcio Vilar (organizador do evento), pois esse festival já me deu muitas alegrias e sei da importância dele para a produção do audiovisual da Paraíba”, disse o cineasta, nascido no Estado nordestino. A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (ABRACCINE), que foi criada este ano, durante o Festival de Cinema de Paulínia, concedeu o prêmio da crítica para o documentário de Walter Carvalho.
Antes do documentário, houve um protesto dos realizadores do audiovisual da Paraíba, que leram uma carta e exibiram uma faixa no palco com a inscrição “A Paraíba precisa ser assistida“, cobrando mais incentivos para o cinema da região. O protesto tinha mira certa: o secretário de cultura do Estado da Paraíba, o cantor e compositor Chico César. Ele recebeu com tranquilidade e até com certo bom humor o protesto.
Em entrevista, que fiz a alguns meses, em São Paulo, Chico César tinha comentado que entendia as reivindicações dos manifestantes. Mas que não podia centralizar a sua Secretaria, que sofre com falta de verbas para o cinema, pois o Estado tem outras carências culturais, como teatro, música, dança, literatura.
PREMIAÇÕES
O festival distribuiu diversos prêmios para os curtas-metragens, com destaque para os filmes O Brasil de Pero Vaz Caminha, de Bruno Laet, que venceu nas categorias Melhor Curta Documentário e Montagem; e para o filme Caos, de Fábio Baldo, que venceu nas categorias de Melhor Curta Experimental, Fotografia e Som. Outro destaque foi A Fábrica, de Aly Muritiba, vencedor como melhor diretor e Melhor Curta do Festival.
Além do prêmio do júri para os curtas-metragens, o Fest Aruanda premiou o melhor Melhor longaLonga-metragem pelo voto popular. O escolhido foi Teus Olhos Meus, de Caio Sóh. O diretor realizou seu primeiro longa-metragem quase sem recursos, no entanto, o filme tem causado sensação por onde passa. Já faturou, esse este ano, o melhor Melhor filme Filme de ficçãoFicção, com voto popular, na Mostra Internacional de Cinema. “Dizem que meu filme tem problemas de realização. Mas queria contar essa história e me cerquei de amigos que me ajudaram a colocar minhas ideias na tela e acho que isso é o que importa”, disse o Caio.
JÁ PENSANDO NO PRÓXIMO ANO
Lúcio Vilar, organizador do Festival, disse que o saldo da sétima edição do Fest Aruanda foi muito positivo. O festival, de forma geral, teve seu público dobrado. Outro dado positivo foi a programação de longas-metragens deste ano, que contou com seis filmes ainda inéditos no cinema: Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios, de Beto Brant e Renato Ciasca; Malditos Cartunistas, de Daniel Garcia e Daniel Paiva; Marighella, de Isa Grispum Ferraz; Raul – O Início, o Fim e o Meio, de Walter Carvalho; Teus Olhos Meus, de Caio Sóh e Uma Longa Viagem, de Lúcia Murat. Vilar ainda revelou que a oitava edição do Fest Aruanda já tem data marcada. Será entre 7 e 12 de dezembro.
Deixe um comentário