A classificação para a final da Liga dos Campeões da Europa ficou em segundo plano nos corredores do inglês Chelsea depois que Ron Gourlay, diretor do clube, reafirmou nesta quarta-feira, dia 25, seu desejo de levar o time para longe de seu tradicional estádio, o Stanford Bridge, na zona oeste de Londres.
Segundo Gourlay o estádio, com capacidade para 40 mil torcedores, ficou pequeno para os sonhos do Chelsea. O desejo é construir outro, maior e mais moderno, para ampliar as receitas do clube e mantê-lo entre os principais do futebol europeu. O terreno do estádio também está numa região bastante valorizada de Londres, e sua venda faria bem aos cofres do clube e aos bolsos de Roman Abramovich, seu bilionário patrono.
Só que o assunto esbarra no desejo dos ultrarradicais torcedores do Chelsea, donos do campo — a cancha foi vendido à uma associação em 1999, quando o clube passava por problemas financeiros. O Stanford Bridge é considerado icônico para a torcida, que durante anos se concentrou ao seu redor.
Além disso o estádio está intrinsecamente ligado com a fundação e a história do time. Construído em 1877 para um clube da região que acabou falindo, Stanford Bridge foi comprado em 1905 por um empresário que convidou o Fulham, a outra equipe do bairro, para disputar suas partidas ali. O Fulham no entanto se recusou a mudar de casa e com isso um grupo de fãs decidiu fundar um novo time para preencher os gramados do estádio.
Para mudar-se o Chelsea precisa convencer 75% dos sócios do estádio. Na última tentativa o clube conseguiu 61% de votos favoráveis. Caso o projeto saia do papel o Chelsea seguiria o caminho do Arsenal, clube mais vitorioso de Londres, que em 2006 deixou o estádio Highbury para mandar seus jogos no moderno Emirates Stadium. A mudança, no entanto, não foi muito feliz para o clube, que ainda não foi campeão na nova casa.
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