Foto reprodução
Um ambiente cheio de móveis, quadros e objetos antigos, com muita informação visual, e ainda por cima escuro e fechado, precisa respirar. Foi essa a ideia que o curador Marcio Doctors teve para a casa da Fundação Eva Klabin, no Rio, onde a colecionadora morou até sua morte, em 1991.
Para arejar a casa, que reúne de arte antiga egípcia e grega até coleções orientais ou pré-colombianas, Doctors convidou artistas plásticos contemporâneos para fazerem intervenções nos espaços, como parte do Projeto Respiração. De 2004 até agora passaram por lá cerca de 20 artistas, que criaram trabalhos especialmente para os cômodos de Eva.
“A presença de Eva morta é viva naquele espaço, assim como a dos muitos outros mortos, dos artistas que realizaram todas aquelas obras de arte no passado. Quando entrei lá, o primeiro impacto foi forte, perdi a respiração e de imediato entendi a beleza da proposta do curador”, diz a artista Anna Maria Maiolino, uma das participantes do projeto.
Agora, após oito anos do Respiração, a fundação, junto com a editora Cobogó, lança um livro que apresenta 18 das intervenções de arte contemporânea feitas na casa-museu. “O livro foi uma forma de consolidar essas experiências, senão elas ficariam somente na memória das pessoas”.
Livro “Projeto Respiração”, Ed. Cobogó/Fundação Eva Klabin (360 pág., R$ 120)
Deixe um comentário