Com Olívio, Zuenir e Veríssimo na Feira gaúcha

PORTO ALEGRE – São mais de 24 mil metros quadrados de estandes com livros no Centro Histórico, uma área que vai da Praça da Alfândega ao Cais do Porto. É aqui que acontece desde 29 de outubro e vai até segunda-feira, 15, a 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, o maior evento do gênero promovido a céu aberto nas Américas, que reúne um público calculado em 1,5 milhão de pessoas em 18 dias de intensa programação.

Em meio a esta alegre muvuca literária, é sempre bom poder reencontrar velhos amigos, o que já justifica a viagem e compensa qualquer cansaço. São tantas as festas em torno do livro atualmente programadas durante o ano inteiro em todo o país, que se criou uma verdadeira confraria de “feirantes” literários.

Entre eles, estão os incansáveis Zuenir Ventura e Luiz Fernando Veríssimo, que mais parecem uma bem afinada dupla sertaneja apresentando seus repentes pelos palcos do Brasil afora. Apresentam sempre mais ou menos o mesmo repertório, que faz a platéia ao mesmo tempo rir e pensar, e descobrir que a leitura pode ser um prazer, não uma obrigação.

Enquanto eles assinavam autógrafos no seu novo sucesso -“Conversa sobre o tempo”, o resumo de um papo de cinco dias entre os dois discutindo os mais diferentes temas, mediado pelo jornalista Artur Dapieve” – descobri no meio da multidão o velho amigo Olívio Dutra, ex-prefeito e ex-governador, o gaúcho mais indicado para me indicar onde se come o melhor churrasco da cidade.

“Continua ótimo!”, respondeu-me com entusiasmo, quando lhe perguntei do “Galpão Crioulo”, onde há muito tempo não ia. Olívio gostou tanto da idéia que resolveu se incorporar à minha turma e, assim, ao lado da sua mulher, Judith, que aniversariava, passei uma das noites mais agradáveis dos últimos tempos, com direito a músicas e danças nativas.

Mais uma vez, tive a certeza de que o melhor da vida é ter bons amigos em todo lugar aonde a gente vá. O resto é literatura Por falar nisso, tenho que encerrar este rápido papo aqui no blog e voltar para a feira. Daqui a pouco participo no Memorial do Rio Grande (Sala Jacarandá) de um debate junto com os autores do livro “Lugar de repórter ainda é na rua – O Jornalismo de Ricardo Kotscho”, mediado por outro velho amigo, o Carlos Wagner, premiadíssimo repórter do jornal Zero Hora.


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