Há quem goste de tirar aquele casacão bonito do armário, tomar um chocolate quente ou dormir com três cobertas. Mas a verdade é que o brasileiro, nas regiões Sul e Sudeste do País, está no mínimo assustado. “Parece que estamos na Europa” virou comentário recorrente em elevadores, bares e pelas ruas. De fato: sensação térmica de -33º C em Urupema (SC); neve em Curitiba e perto de Florianópolis; sensação térmica de até -1º em São Paulo; não é algo comum por aqui.
E se a situação deve melhorar nos próximos dias, é em ritmo lento. Em São Paulo, a previsão do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) é de que até sábado a temperatura não passe dos 16º C. Em Curitiba, as mínimas devem continuar na casa dos 5º C a 7º C, assim como em Porto Alegre. E Urupema, agora, pode ficar tranquila, e esperar apenas algo em torno de 0º.
O frio se tornou um dos principais assuntos também nas redes sociais. Resmungos, reclamações e piadas proliferam em Twitter e Facebook nos últimos dias. O “design” dos bonecos de neve brasileiros ganharam destaque, até com uma página no facebook. Outros posts traziam piadas como: “Hoje tá tão frio que nem o Djavan tá encontrando um bom lugar pra ler um livro”; “Tá tão frio que eu abri o chuveiro e parece que tomei um fatality do sub zero”; e “Quem descobriu o Brasil? Cobre de novo porque tá muito frio”.
O que não é piada
Mas nem tudo é piada. Assim como em outras cidades, a Prefeitura de São Paulo improvisou emergencialmente abrigos para moradores de rua. Cerca de 11 mil pessoas foram acolhidas. Um homem morreu, supostamente de hipotermia, no interior do RS. Nesta quinta-feira, o jornal Folha de S.Paulo trouxe o relato de um morador de rua que divide sua “cama” com o cachorro para amenizar o frio. De fato, se a temperatura parece a da Europa, o Brasil não tem estrutura para lidar com tamanho frio.
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