Devido a afinidades quanto a agenda e intenções, o III Seminário Nacional de Culturas Populares e o IV Encontro Mestres do Mundo tiveram como palco comum o Cariri cearense, centrado em Juazeiro do Norte e espalhando-se pelos municípios vizinhos, Crato e Barbalha. Entre 2 e 6 de dezembro a cidade fundada e desenvolvida pelo Padre Cícero recebeu mais de 500 visitantes, entre jornalistas, observadores, pesquisadores, estudiosos, artistas e mestres propriamente ditos.
[nggallery id=14707]
LEIA e OUÇA: Os sons de Juazeiro
A idéia de se premiar os mantenedores das tradições populares surgiu do governo do Ceará em 2005 – os três encontros anteriores foram realizados no município de Limoeiro do Norte – e vem sendo copiada por vários estados com o apoio do Ministério da Cultura. Os mestres são acompanhados durante um ano por técnicos do governo e diplomados em cerimônia. Passam a ganhar uma pensão mensal vitalícia de um salário mínimo. Os grupos e comunidades recebem R$ 10 mil por projeto apresentado e cumprido – Prêmio Mestre Dida.
A principal característica do quarto evento foi a possibilidade da troca informal de idéias. Todas as manhãs os salões do Crato Tênis Clube eram ocupados por rodas, cada qual com seu mediador, onde os mestres contavam suas experiências. Rodas do Sagrado, Sons, Corpo, Mãos e Oralidade. Enquanto no galpão principal músicos das mais variadas manifestações se sucediam acompanhando mestres que comandavam danças e brincadeiras, o espaço em volta das quadras ficava cheio de barraquinhas de artesãos, cordelistas, artistas, misturados ao público. Gente fantasiada, declamando, cantando, trocando informações, cartões, e-mail. Uma festa.
Deixe um comentário