O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e considerarou “atrozes” os atentatos que mataram 55 pessoas nesta quinta-feira, dia 10, em Damasco, capital da Síria.”Os membros do Conselho de Segurança condenam nos termos mais enérgicos os ataques terroristas ocorridos em Damasco e que causaram numerosos mortos e feridos”, afirmou Ban Ki-moon, secretário geral da entidade.
Os dois atentados-suicidas aconteceram no bairro de al-Quazzaz, no sul de Damasco. Segundo a TV estatal síria os ataques foram causados por “terroristas” opositores do governo. “Os dois atentados que foram praticados com um minuto de intervalo são ataques suicidas com carros-bomba, e deixaram 55 mortos e 372 feridos, civis e militares”, informou, citando o Ministério do Interior, indicando que a carga explosiva utilizada pesava “mais de 1.000 quilos”.
A oposição, por sua vez, coloca a culpa no governo. “O regime comete estes ataques para enviar duas mensagens: dizer aos observadores internacionais que estão em perigo e dar força aos seus argumentos sobre a presença de grupos armados e da Al-Qaeda na Síria”, declarou Samir Nachar, um dos dirigentes do Conselho Nacional Sírio, grupo de coalização da oposição no país.
A Síria está conflagrada desde março do ano passado, quando grupos de oposição ao presidente Bashar al-Assad, influenciados por movimentos semelhantes na região — a chamada “Primavera Árabe –, tentaram derrubar o governo. Al-Assad está há 12 anos no poder. Ele herdou o cargo de seu pai, Hefez al-Assad, que comandou a Síria entre 1971 e 2000. Ambos são expoentes do partido pan-arabista Ba’ath, que teve papel importante nos movimentos de independência na região. O ex-presidente do Iraque Saddan Hussein também era membro do Ba’ath.
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