As transações correntes (registro das compras e vendas de mercadorias e serviços) fecharam junho com déficit de US$ 4,419 bilhões, resultado superior ao verificado em igual período do ano passado, quando ficou em US$ 3,477 bilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, dia 24, pelo Banco Central (BC), que previa resultado negativo de US$ 4,5 bilhões para o mês. No primeiro semestre, o déficit chegou a US$ 25,342 bilhões, ante US$ 26,034 bilhões de igual período de 2011.
A balança de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros e outros) foi o principal item das transações correntes responsável pelo saldo negativo. Essa balança fechou o mês negativa em US$ 3,362 bilhões e acumulou déficit de US$ 19,679 bilhões no primeiro semestre.
A conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) registrou déficit de US$ 2,171 bilhões, em junho, e US$ 14,178 bilhões nos seis meses do ano.
Por outro lado, a balança comercial, formada por exportações e importações, registrou saldo positivo de US$ 806 milhões, em junho, e de US$ 7,069 bilhões, no primeiro semestre.
As transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) registraram ingresso líquido (descontada a saída) de US$ 309 milhões, no mês passado, e US$ 1,446 bilhão de janeiro a junho.
Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado do exterior.
Em junho, o investimento estrangeiro direto (IED), que vai para o setor produtivo da economia, foi mais do que suficiente para cobrir o resultado negativo das transações correntes. Esses investimentos chegaram a US$ 5,822 bilhões. No primeiro semestre, os investimentos somaram US$ 29,72 bilhões.
Agência Brasil
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