Copenhague

A terra de Hamlet
A terra de Hamlet

A famosa enquete que  todos votamos pela aprovação do PL 122/06, simplesmente foi substituída do site do Senado, e sequer aparece entre os resultados anteriores aparece. Estávamos ganhando, por pouco, mas ganhávamos. O que terá acontecido?  Fraude de novo? Quando teremos resposta? Quando souber de algo, prometo compartilhar com todos.

Soube que vários amigos dinamarqueses, e um brasileiro que simplesmente mora em Copenhague,  trabalharão como voluntários durante a super Conferência Internacional sobre o clima global, que começa no próximo dia 7. Trabalharão, pois acreditam na conferência, se preocupam com a questão do aquecimento global, e querem que seja um sucesso. Terão tarefas que lhes foram atribuídas por uma central de voluntariado, e que sequer escolheram. Vão desde auxiliar, jornalistas e participantes com dificuldades de locomoção, em cadeiras de rodas, a traduzir diferentes línguas, principalmente o dificílimo dinamarquês, para os estrangeiros. Esses dias trabalhados não são pagos, e são descontados das férias deles no trabalho, ou seja, é voluntariado mesmo.

Achei esse exemplo maravilhoso, deveria ser mais bem divulgado mundo afora, e ser copiado em eventos dessa magnitude. Vejam lá, teremos aí a Copa do Mundo, Olimpíadas. Vejam vocês o que não são as paradas gays do Brasil, que tanto fazem para o movimento homossexual, nos deram visibilidade mundial, e nos dão o respaldo moral para falar em números gigantescos, de milhões de participantes. As paradas são organizadas e promovidas basicamente por trabalho voluntário, de gays ou simpatizantes que surgem de todo canto.

Uma ótima oportunidade
Uma ótima oportunidade

Isso é algo que Brasil e Dinamarca podem mostrar em comum, esse espírito altruísta, a ser enormemente estimulado e ensinado em todas as escolas, para os mais diferentes fins. Os gays têm seus interesses mais evidentes, as paradas são extremamente benéficas para nós, e acabam sempre se tornando uma festa maravilhosa, das quais participamos muito felizes. Nos casos dos outros eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, o benefício é mais sutil. Onde estão os comitês organizadores, e os governos, que não estimulam melhor esse potencial, não promovem campanhas para  buscar os voluntários, e treiná-los?  Se precisarem de algum auxílio, podem chamar os gays, organizadores das paradas. Terão aulas sobre a matéria.


Comentários

5 respostas para “Copenhague”

  1. Bom-dia, Lourenço! Desculpe-me por comentar algo diferente do seu texto, mas acho que vai gostar de ler:

    http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a2733854.xml

    Um abraço,
    João

    1. Prezado João,
      Obrigado pela contribuição. Decisões como essa estão pipocando por todo o Brasil. É o nosso judiciário reconhecendo o avanço de nossa sociedade, muito antes do nossó pútrido legislativo. Leia as palavras do Ministro Marco Aurélio Melo, que transcrevi novamente em meu posto de hoje – a jurisprudência do Supremo pode nos salvar. Leis também meu post http://www.revistabrasileiros.com.br/23b/2009/09/09/nova-era-ou-fim-do-mundo/.
      Abraço do Lourenço

  2. Oi querido,

    Tomara que essa conferência esteja à altura do que esperamos e não acabe sendo mais uma conferência do gênero que não leva a projetos de mudanças significativas…

    Beijocas

  3. Meu caro, hoje ouvi no elevador da universidade onde leciono um aluno dizer que só quer o diploma para poder arranjar um emprego, para o resto está pouco se f…. Os colegas riram e concordaram com ele. La jeunesse dorée. Nesse segmento não vamos conseguir muito. Ainda bem que tem mais gente no mundo. Beijas.

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