Romário Ricardo da Silva, o Romarinho, tocou apenas uma vez na bola nesta Copa Libertadores — e em qualquer outra. Um toque, apenas. E foi o suficiente para que ele mudasse a história desta edição do campeonato, que ganhava contornos dramáticos para os brasileiros, e que entrasse de uma vez para a história do Corinthians.
No momento do seu único toque o Corinthians perdia para Boca por 1 a 0, com gol do zagueiro Roncalgia, que marcou aos 28 do segundo tempo, e jogava pior. Tite colocou Romarinho em campo aos 39, no lugar do meia Danilo. Aos 40 Emerson se livrou da marcação e passou para ele, que já tinha marcado os dois da vitória contra o Palmeiras no domingo. E ele deu o toque. Predestinado?
Romarinho nasceu em Palestina, no interior de São Paulo, e passou pelo Rio Branco, de Americana, também no interior Paulista, pelo São Bernardo, time da cidade de mesmo nome no Grande ABC, e pelo Bragantino.
O “projeto de craque”, como alardearam os jornais Argentinos, deu ao Corinthians tranquilidade para decidir em casa, na próxima quarta-feira, dia 4, a final de sua primeira Libertadores. O Corinthians precisa de uma vitória simples. O gol de Romarinho também foi duro golpe para os boquense. Foi um balde de água fria, como sentenciaram, em unisso, o Clarín, o La Nacion e o Olé.
Depois do gol, Romarinho já desfrutava de status de ídolo nas redes sociais. “Os Argentinos acham que o Romarinho é filho do Romário. Depois desse gol, não sei não”, “Romarinho nasceu na Palestina. É um homem-bomba!”, “Romarinho é cotado para vaga de vice de Haddad na chapa do PT de São Paulo” e “Quando Romário nasceu, Deus falou para ele ‘esse é o cara’. Quando Romarinho nasceu, Deus falou para ele ‘esse sou eu’” foram algumas das troças que pipocaram no Facebook e no Twitter. Romarinho virou Romário.
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