Durante toda a semana, os presidentes dos dois clubes tomaram conta da cena, um querendo ser mais esperto do que o outro, mas dentro do campo quem matou a pau neste domingo foi o Corinthians de André Sanchez, que tomou a iniciativa do jogo no Pacaembu, desde o começo, contra os burocratas do São Paulo de Juvenal Juvêncio, que só acordaram depois de tomar duas bolas na trave.
Resultado justo: vitória do Corinthians por 4 a 3, diante de um São Paulo que ainda não ganhou nenhum clássico este ano e agora corre o risco de ficar de fora do quadrangular final.
E agora, Juvenal? Empanturrado de títulos, dinheiro e soberba, o presidente que levou o São Paulo ao inédito tricampeonato brasileiro parece que perdeu a mão. Antes, quando as coisas iam mal, ele dava um pega geral no elenco e as coisas começavam a melhorar. Este ano, depois de fazer 11 contratações e não acertar nenhuma, nem ele aguenta mais o futebolzinho meia boca que o time de Ricardo Gomes vem jogando.
Do outro lado, um Corinthians com fome de bola marcou dois belos gols, de Elias e Danilo, logo no começo da partida, e ameaçou partir para a goleada. Sem manter o pique, tomou um gol no final do primeiro tempo, de Jean, mas depois ampliaria para 3 a 1, com um gol de falta de Roberto Carlos, em mais um frangaço de Rogério Ceni, que parece estar com o prazo de validade vencido. O São Paulo ainda empatou com dois gols de Rodrigo Souto, mas Alex Silva marcou contra já nos descontos.
Como o Rogério Ceni sonha em ser presidente do clube e Juvenal Juvêncio também já deu o que tinha para dar, talvez seja o caso de se começar a pensar na sucessão no Morumbi, tanto no gol como na presidência. O São Paulo está precisando de uma urgente chacoalhada para ver se alguem tem a coragem de fazer o óbvio: trocar este time de seniors pela brilhante molecada das equipes de base, como fez o Santos, e se deu bem.
Com os 4 a 3 no São Paulo, o Corinthians de Mano Menezes, que também vinha caindo pelas tabelas, ganhou novo ânimo para cavar uma vaga nas finais e ir para a próxima fase da Libertadores, enquanto o meu Tricolor, para falar bem a verdade, deu mais uma prova de que este ano não tem time nem disposição para ir longe em campeonato nenhum. Tomara que mais uma vez eu esteja errado.
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