O corpo do ex-ministro da Saúde Adib Jatene, 85, foi enterrado na tarde deste sábado no Cemitério do Araçá, em São Paulo. O cardiologista morreu na noite de sexta-feira (14) vítima de um infarto. Ele estava internado no Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.
Jatene era diretor-geral do HCor e um dos pioneiros da cirurgia do coração no Brasil. Foi secretário estadual de Saúde (1979-1982) no governo de Paulo Maluf em São Paulo e duas vezes ministro da Saúde, nas gestões Fernando Collor (1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995-1996).
A presidente da República Dilma Rousseff, que participa na Austrália do encontro dos países do G20 lamentou, em nota, a morte de Jatene.
“O Brasil perdeu nessa sexta-feira um dos seus filhos queridos. A morte do médico Adib Jatene deixa nossa nação triste. Ele foi um dos mais importantes cardiologistas do Brasil e um dos artífices da criação da CPMF, que permitiu destinar mais recursos para a saúde publica. Expresso meus sentimentos à viúva, dona Aurice, e aos filhos do casal: Ieda, Marcelo, Fábio e Iara”, diz nota da presidenta.
O Ministério da Saúde também soltou uma nota de pesar, lamentando a morte do ex-ministro da Saúde.
“O Ministério da Saúde recebeu com tristeza o anúncio do falecimento do médico, professor e ex-ministro da Saúde Adib Jatene. Desde a sua oficina no fundo de sua casa, esse engenheiro do coração, trouxe importantes inovações para as cirurgias cardíacas. Na prática médica, suas técnicas são reconhecidas internacionalmente. Como ministro da Saúde e militante da saúde pública, deixou sua marca pela inabalável busca pela melhoria da atenção à saúde da população e pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde”, diz a nota.
Adib Domingos Jatene nasceu em Xapuri (AC). Em 1953, já em São Paulo graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp). A sua pós-graduação foi feita no Hospital das Clínicas, sob a orientação do professor do professor Euryclides de Jesus Zerbini.
A passagem de Adib Jatene no governo Fernando Henrique foi marcada pela criação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). O então ministro dedicou-se a convencer os deputados e senadores da importância do tributo para os cofres da Saúde.
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