Por 18 votos a 16, a oposição rejeitou o relatório final da CPI do Cachoeira, de autoria do deputado Odair Cunha (PT-MG) nesta terça-feira, dia 18. Alvo de muita polêmica, o documento que foi apresentado há três semanas acusava 41 pessoas de ter relação com o esquema de exploração de jogos ilegais que o bicheiro Carlinhos Cachoeira mantinha com o apoio de autoridades e agentes públicos.
No texto, Odair Cunha recomendava o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de outras 12, que têm foro privilegiado, entre elas o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o deputado Carlos Leréia (PSDB-GO), o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e o ex-presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish.
O relatório inicial pedia ainda a análise da conduta do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, a responsabilização do vereador Elias Vaz (PSOL-GO), além dos indiciamentos do superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Marco Aurélio Bezerra da Rocha e do empresário Rossine Guimarães. Todos os nomes foram retirados do texto por sugestão de outros integrantyes da CPI.
“Nunca vi tantas idas e vindas num relatório. Não podemos aqui votar em um relatório onde não mostra firmeza nas suas palavras. Não será nem a primeira nem a última CPI que ficaria sem relatório”, disse o deputado Silvio Costa (PTB-PE), que votou contra o parecer final.
“Esta CPI perdeu oportunidades quando suspendeu seus trabalhos em setembro deste ano. Perdeu oportunidade quando não quebrou o sigilo das empresas. Agora precisamos ter relatório. O relatório é insuficiente, mas é um relatório que pede o indiciamento do senhor Fernando Cavendish, que será encaminhado ao Ministério Público Federal”, afirmou o senador pelo Amapá Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que votou pela aprovação do relatório.
A CPI, que trabalha na investigaão do caso desde o mês de abril deste ano tem data marcada para conclusão para o próximo dia 22.
Deixe um comentário