Foto Reprodução
Criminoso nazista mais procurado do mundo, Laszlo Csizsik-Csatary, de 97 anos, foi detido nesta quarta-feira, dia 18, em Budapeste. Segundo a procuradoria da capital da Hungria, Csatary foi detido nesta manhã em um de seus três apartamentos, imóvel então desconhecido pela mídia.
Csatary foi interrogado por um juiz sobre seu envolvimento nos “crimes de guerra” cometidos durante o holocausto. Em sua defesa, o acusado se declarou inocente e disse que estava “obedecendo ordens”.
“Diante da gravidade dos incidentes, mas também pela necessidade de respeitar a presunção de inocência e devido a sua idade, para velar por sua saúde, o juiz pode, em um primeiro momento, autorizá-lo a ir para casa. Nesse caso, a polícia confiscaria seu passaporte”, disse o promotor Tibor Ibolya, em declaração publicada pelo portal Terra.
O acusado foi chefe de polícia do gueto judeu da cidade de Kosice, na Eslováquia, onde 15.700 judeus foram mortos ou levados ao campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, país então ocupado pela Alemanha nazista.
Laslo Csatary era o criminoso de guerra mais procurado do mundo pelo Centro Simon Wiesenthal, de Israel. Ele estava vivendo há 17 anos em Budapeste sob sua verdadeira identidade. O ex-chefe de polícia havia sido condenado à morte em 1948 pela Tchecoslováquia, mas escapou para o Canadá, onde viveu nas cidades de Montreal e Toronto com outra identidade. Em 1995, Csatary foi descoberto pelas autoridades canadenses, mas novamente se refugiu, desta vez na Hungria.
Ainda no Canadá, Csatary reconheceu sua participação no holocausto deportando judeus, mas informou que tinha papel limitado. O criminoso foi encontrado graças à informações do jornal britânico The Sun, que conseguiu encontrá-lo após receber informações do Centro Simon Wiesenthal. A reportagem com a informação foi publicada no último dia 15 de julho.
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