Cultura de asfalto

A rua com sua velocidade e diversidade apresenta elementos importantes da cultura de um povo. Um lugar genuinamente democrático, onde todos são iguais, sem os disfarces dos carros e motos do último modelo.
Quando observamos o panorama gastronômico que nos é apresentado nas ruas, conseguimos absorver as diferentes culturas inseridas nas grandes cidades.

China, Japão, Líbano e os mais variados rincões de nosso Brasil são apenas alguns exemplos de culturas visitadas por meio dos aromas e sabores das comidas de rua.

Esse universo se torna mais fascinante ainda, quando se resgata histórias e causos contados pelos chefs informais, figuras humanas peculiares, por trás dos carrinhos “estacionados” calçadas afora.
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Lançado recentemente, o Guia Carioca da Gastronomia de Rua, desvenda mais que receitas: revela o universo de pessoas que vão, literalmente, ganhar a vida nas ruas, alimentando pessoas e histórias, enriquecendo ainda mais a cozinha popular brasileira! Confira alguns trechos do livro.

O sushi do Arnaldo
“Ele ainda não trocou o ‘camarão, badejo, corvina!’ pelo ‘olha o sushi fresquinho, freguesa!’, mas o sucesso da empreitada já é tanto que admite: ‘Não tem mais volta’.”

Terça-feira Rua Borba do Mato, esquina com Rua Juiz de Fora – Grajaú
Quarta-feira Avenida Geremário Dantas, Praça da Lona Cultural – Jacarepaguá
Sexta-feira Avenida Júlio Furtado, em frente ao no 178 – Grajaú
Sábado Feira da Praça da Ribeira – Ilha do Governador – Sempre das 6 horas às 14 horas. Tel.: (21) 7831-5625. Rio de Janeiro (RJ)

O angu da Lucinha
“Alimento das ruas fundamental para trabalhadores e boêmios desde o século XIX, o angu tem inquestionável importância para a sociabilidade urbana carioca. A palavra, de origem africana, é usada para denominar o mingau consistente de fubá. No Brasil colonial, índios e negros se sustentaram à base de angu (de fubá ou mandioca), raramente acompanhado de carne. Mais tarde, tornou-se o principal alimento dos ex-escravos nas cidades, especialmente nas zonas portuárias. Barato, reinava entre os mais pobres. Em meados do século XX, no Rio, a rede de carrocinhas Angu do Gomes popularizou ainda mais o prato.”

Saúde. Segundas-feiras, das 18h30 à 0h. Rua São Francisco da Prainha, em frente ao no 51 – Pedra do Sal. Tel.: (21) 9855 3759 e 9957 0353. zunguquilombola@gmail.com

» Guia Carioca de Gastronomia de Rua Sérgio Bloch e Ines Garçoni, Editora Arte Ensaio, 138 páginas

Gastronomia e boas histórias


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