Eleição, comoção e novo cenário. A morte trágica de Eduardo Campos e a possibilidade do retorno de Marina Silva (PSB) à disputa eleitoral alteram a estabilidade recorrente que vinham as pesquisas de intenção de voto. Segundo a nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (18), Marina Silva larga em empate técnico com Aécio Neves (PSDB) – Marina teria 21% e Aécio com 20%.
A presidenta Dilma Rousseff mantém 36% .
Já na pesquisa expontânea, ou seja, sem a apresentação de nomes de candidatos, Dilma aparece com 24% (na pesquisa anterior ela tinha 22%), Aécio com 11% (no mês anterior ele tinha 9%) e Marina 5%.
A candidatura de Marina Silva ainda não foi consolidada, isto deve ser feito na próxima quarta-feira, em convenção do PSB. O partido ainda precisa definir um vice.
A campanha de televisão e rádio começam nesta terça-feira (19).
Inicialmente inscrita como vice na chapa de Eduardo Campos, o presidenciável do PSB morto no último dia 13, a ex-ministra tem um desempenho que afasta a chance de a eleição ser resolvida no primeiro turno – como vinham apontando as pesquisas. Segundo a pesquisa – feita durante os dias que ouviu 2.843 eleitores, nos dias 14 e 15 de agosto – Marina fica numericamente à frente de Dilma, com 47% das intenções de voto contra 43% da presidente. É uma situação de empate técnico. Contra Aécio, Dilma venceria o segundo turno por 47% a 39%.
Com Campos no páreo, Dilma também tinha 36%. Aécio alcançava os mesmos 20%. Na comparação direta entre o cenário atual, com Marina, e o cenário anterior, com Campos, caíram de forma notável os percentuais de eleitores sem candidato. Intenções de voto nulo ou em branco eram 13%. Com Marina candidata, essa taxa recuou para 8%. Indecisos eram 14% e agora são 9%.
Taxa de aprovação do governo
A taxa de aprovação do governo Dilma Rousseff teve alta de seis pontos percentuais no intervalo de um mês. Em julho, 32% dos eleitores consideravam a administração da presidente petista como boa ou ótima. Agora são 38% que a avaliam assim, o número mais alto desde abril. No mesmo período, a reprovação a Dilma diminuiu também seis pontos. Antes, 29% classificavam o governo como ruim ou péssimo. Agora são 23% os que o julgam dessa forma.
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