“O aumento da produção agrícola do Brasil tem sido impressionante. Entre 1996 e 2006, o valor total das lavouras do País aumentou de R$ 23 bilhões de reais para 108 bilhões, ou 365%. O Brasil aumentou suas exportações de carne de dez vezes em uma década, ultrapassando a Austrália como maior exportador do mundo. Ele tem o maior rebanho bovino do mundo depois da Índia. É também o maior exportador mundial de frango, cana-de-açúcar e álcool. Desde 1990, sua produção de soja aumentou de quase 15 milhões de toneladas para mais de 60 milhões. O Brasil responde por cerca de um terço das exportações mundiais de soja, perdendo apenas para os Estados Unidos. Em 1994, as exportações de soja do Brasil foi um sétimo da América, agora são seis sétimos. Além disso, o Brasil fornece um quarto do comércio mundial de soja em apenas 6% das terras aráveis do País.”
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O trecho acima foi retirado de reportagem da revista britânica The Economist desta semana. Sob o título The miracle of the cerrado – Brazil has revolutionised its own farms. Can it do the same for others? (O milagre do cerrado – Brasil tem revolucionado suas próprias fazendas. Pode fazer o mesmo para os outros?), a matéria exalta o modelo brasileiro de agricultura em meio à crise de alimentos mundo afora.
A revista exemplifica, com gráficos e números, a ascensão do País na agricultura e sugere que o mundo deveria aprender com o Brasil para enfrentar a crise de alimentos. Segundo a Economist, que também dedicou editorial sobre o assunto, o Brasil tem força para ser produtor de alimentos de alta relevância nos próximos 40 anos. Além disso, afirma a publicação, a agricultura brasileira pode ajudar países pobres da África e Ásia.
Em outro trecho da reportagem, a revista lembra que o Brasil tem crescimento mais impressionante ainda, porque não conta com fortes subsídios do governo, ao contrário dos EUA e da União Europeia. “Não menos surpreendente, o Brasil tem feito tudo isso sem subsídio do governo. Segundo a Organização para a Cooperação Desenvolvimento Econômico (OCDE), o apoio estatal responde por 5,7% da renda agrícola total no Brasil em 2005-07. Nos EUA, são 12%, 26% para a média da OCDE e 29% na União Europeia.”
É, o Brasil está no rumo certo. Só não vê quem não quer.
Leia a matéria da The Economist aqui.
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