As vésperas do aguardado julgamento do mensalão, que começará no dia 2 de agosto, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um memorando no qual assume toda a culpa pelo repasse de recursos ilícitos a políticos e partidos da base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar do anúncio, Delúbio negou que esses pagamentos fossem parte do esquema do mensalão e afirmou ser inocente das acusações de corrupção e formação de quadrilha.
O ex-tesoureiro do PT afirmou no comunicado que os repasses tinham a única e exclusiva finalidade de servir de pagamento das despesas ao longo de campanhas eleitorais e que esse dinheiro nunca foi usado para qualquer atividade corrupta como a compra de votos no Congresso. Para reforçar a afirmação, Delúbio lembrou que as principais reformas aprovadas no período aconteceram através de votos da oposição.
A estratégia de transformar Delúbio Soares em “bode espiatório” já era esperada. Dessa forma, outros envolvidos como o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) e o ex-presidente do PT José Genoino teriam sua responsabilidade reduzida. Delúbio pode pegar até 12 anos de prisão e ficar 15 anos sem poder participar de qualquer tipo de eleição.
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