Meus caros, lógico que eu tenho vários comentários a fazer sobre o casamento de sexta-feira, mas eu vou resumir em duas palavras: lindo, e chato. William, gatão, mas padecendo de vítrea deficiência capilar, que se conforme, agora todos vão é olhar para Kate e Harry, esse sim fofíssimo, reluzente naquela farda, e com uma cabeleira cuidadosamente desgrenhada capaz de matar o outro de inveja. Eu mesmo já mostrei aqui o corpinho dele, jogando futebol sem camisa, em pleno Afeganistão, um herói de arrasar corações.
Mas, já que falamos daquele país, impossível não mencionar a morte de Osama Bin Laden, anunciada hoje oficialmente. Quem não se lembra dos ataques de 2001, com a queda espetacular das torres gêmeas, e o Pentágono em chamas? Ele mudou o mundo para pior, organizando o ódio muçulmano com eficiência e precisão incríveis. Está resolvido o problema? Decerto que não, ele não era o único líder de um grupo unido, pelo contrário, era mais um, em uma colcha de retalhos de nações unidas por laços políticos e religiosos que, quando não mira seu ódio contra os países do ocidente e faz campanha contra Israel, se trucidam. Não vamos nos esquecer de que entre as piores guerras da segunda metade do século XX estão os ataques de Saddan Hussein contra seus vizinhos, Irã e Kuait, igualmente muçulmanos, matando milhões de pessoas. Será que vai haver vingança? Lógico que sim. Corta-se a cabeça do líder, pelo menos dois surgirão para seu lugar, e o terrorismo vai recrudescer, lembrem-se dos ataques a Londres e Madrid, em 2005. Muitas empresas multinacionais gostariam de aprender organização e gestão de recursos humanos com a Al-Quaeda.
Muita coisa mudou nesses últimos meses, ninguém imaginaria que ditadores antes tão bajulados, como Hosni Mubarak e Kadafi cairiam, ou seriam ferozmente combatidos, no rastro das revoluções que ainda varrem a região. O presidente da Síria também está em apuros, ninguém lá está seguro. E, por ninguém, incluo os mais poderosos e tenebrosos, da Casa Real Saudita, tão sanguinários como os demais, mas solidamente apoiados por um exército fortíssimo, e pelo apoio irrestrito dos Estados Unidos, que nas areias de seu deserto mantêm suas maiores bases militares. O que pode acontecer com o Oriente Médio sem a força e o controle de seus ditadores: caos ou uma linda democracia gradual? Aí, meus caros, eu não sou ingênuo nem otimista, acho que haverá choro e ranger de dentes. Assim o é quando os mundos desabam, da Roma Antiga pouco sobrou, Egito antigo, então, só nos museus. Por oportuno, só comento que, em todas as nações que mencionei, o homossexualismo é tido como crime passível de morte, e as mulheres são consideradas quase como animais domésticos. Talvez, permitam-me, seja melhor desabar mesmo.
Abraço do Cavalcanti.
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