Após sua chegada à superfície de Marte nesta segunda-feira, dia 6, o explorador Curiosity (curiosidade, em português), iniciará uma revisão de todos seus sistemas antes de começar a enviar informações e dados vindos do planeta vermelho. “Temos que ter muita paciência porque é preciso estar completamente seguro que o entorno é adequado e não há risco. Após essa revisão, o explorador passará a captar os primeiros dados”, explicou Felipe Gómez, um dos cientistas espanhóis envolvido no projeto.
Gómez, que se encontra no Laboratório de Propulsão da NASA em Pasadena (Califórnia, EUA), onde permanecerá por mais três meses, qualificou a aterrissagem da Curiosity com um fato “muito emocionante” e “surpreendente” pela suavidade com que o explorador pousou na cratera Gale de Marte.
O pouso do explorador foi um processo complicado. Do momento em que entrou na atmosfera marciana ao pouco foi preciso desacelerar a nave de 20.000km/h para 0. Este processo foi apelidado pelos cientistas de “Os Sete Minutos de Terror”.
“O desdobramento foi realizado passo a passo; um êxito rotundo”, disse Gómez. As informações recolhidas pela Curiosity serão enviadas apenas uma vez ao dia. Após essa transmissão, o explorador automaticamente já passa a processar e interpretar novas informações. As observações registradas são armazenadas sobre o computador de controle do robô e, posteriormente, sobre o satélite que mantém sua comunicação com a Terra.
Segundo Gómez, o fato de poder participar desta missão – uma das maiores já desenvolvidas – “supõe um desafio tecnológico nunca assumido anteriormente devido ao tamanho, volume e peso do explorador, assim como a quantidade de instrumentos científicos que este robô transporta”.
Na superfície de Marte, o robô explorador Curiosity analisará durante os próximos dois anos a possibilidade de ter existido ou existir vida no planeta vermelho. Os dados serão usados para planejar uma possível viagem tripulada ao nosso vizinho.
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