Caríssimos, ao contrário do que me escreveu há pouco um leitor (ao menos fiel), não fui desmentido, fui meramente corrigido, o que é normal e não traumatiza ninguém. Obama completou hoje 49 anos de idade, portanto não tinha 43 ao tomar posse, tal como eu afirmei, comparando-o a Kennedy. Algum drama? Não cortarei (os meus) pulsos, só por errar a idade de alguém.
Em Colônia, Alemanha, os Gay Games comem soltos, com uma boa exposição na mídia internacional, e pouquíssima aqui, o que não é novidade. Atletas abertamente gays quebram paradigmas. Mostram que existem, sim, atletas gays de alto nível, e que o silêncio que envolve todas as grandes competições esportivas é pura hipocrisia. Quantos gays não estavam em campo, e jogaram a Copa do Mundo? Jamais saberemos, mas foram vários. Confesso a vocês que, com todo o respeito pelos atletas do Gay Games, a segregação ainda me incomoda. Por que jogos separados para nós, e não, simplesmente, reconhecer-nos, e respeitar-nos, nos jogos de todos? Por conta do preconceito e da homofobia, que mostram sua cara de forma assustadora nos esportes, lógico. Não seria exatamente essa a razão para enfrentar os touros na sua própria arena? Utopia? Lógico que é preciso coragem, mas seria o mais correto e eficiente. Na França, um time forte, da primeira divisão, com poderosos patrocinadores, como o Paris Saint-Germain, ajuda a sustentar o Paris Foot Gay, time de futebol amador que mistura gays e heterossexuais. Por aqui, sempre elogio a coragem de Richarlyson, que, embora nunca tenha se declarado gay, enfrenta com coragem de gigante as hostilidades de todas as torcidas.
Outro exemplo bárbaro vem da Grã-Bretanha, com o campeão de rúgbi galês Gareth Thomas, único atleta nos esportes coletivos que saiu oficialmente do armário, que foi eleito o homossexual mais influente da Ilha. Gareth saiu do armário, e não perdeu o respeito dos companheiros de time, recentemente fez-se fotografar abraçado a um deles, hétero, os dois sem camisa, no temido território dos vestiários, tido como incompartilhável pelos preconceituosos. Campeão, já não precisava provar nada a ninguém, mas assumiu-se e cresceu perante a mídia, e o sindicato local o idolatra, com toda razão. Deve ser mais fácil enfrentar as torcidas quando se tem 1,90m, e músculos de super-herói. Abraços do Cavalcanti.
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