O primeiro pregão do mercado financeiro em dezembro mostrou divergência de comportamentos, com o dólar repetindo a valorização de 0,75% da última sexta-feira (29), elevando a cotação da moeda norte-americana para R$ 2,355 na venda – nível mais alto dos últimos três meses.
Em contrapartida, a BM&FBovespa começou o mês no vermelho, impulsionada por forte queda nas ações da Petrobras: as ações ordinárias se desvalorizaram 10,04% no pregão, cotadas a R$ 16,48, e as ações preferenciais perderam 9,21% no dia, valendo R$ 17,36.
A frustração dos investidores, que consideraram baixos os reajustes de preços concedidos à petrolífera brasileira, na sexta-feira, foi determinante para a queda de 2,36% no Ibovespa, que fechou aos 51.244 pontos, depois de operar 946.281 negócios no valor de R$ 7,539 bilhões.
O Banco Central mantém a estratégia de irrigar o mercado com leilões diários de US$ 500 milhões em média em swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares), de segunda a quinta-feira, e venda direta de US$ 1 bilhão no mercado à vista às sextas-feiras, com o objetivo de “segurar” o câmbio.
Tradicionalmente, porém, as filiais brasileiras de empresas multinacionais aumentam a procura por dólares no final do ano, de modo a fechar os respectivos balanços e enviar dividendos para as matrizes.
Além disso, o governo norte-americano divulgou hoje (2) que a indústria dos Estados Unidos registra bom ritmo de recuperação nos últimos meses, o que sinaliza possível retirada dos subsídios que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) injeta na economia do país. Ação que refletirá, de imediato, no aumento da cotação do dólar.
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