A data de hoje, 05 de setembro, marca o Dia Internacional da Mulher Indígena. A escolha foi feita em 1983 no II Encontro de Organizações e Movimentos da América e lembra o assassinato de Bartolina Sisa, mulher quéchua que foi esquartejada durante a rebelião anticolonial de Túpaj Katari, no Alto Peru.
As mulheres indígenas representam um dos grupos mais afetados pelo modelo econômico imposto no País, por conta de demarcações de terra, perda de recursos ambientais e desrespeito cultural. Na maioria dos grupos, são as mulheres que ficam responsáveis pela alimentação e por isso são penalizadas quando perdem seus meios de obtenção de alimentos. O grupo sofre ainda com a falta de acesso a saúde e educação por falta de políticas públicas que contemplem os povos indígenas.
Muitas vezes elas são alvos de violência sexual e doméstica, ameaças e assassinatos por se encontrarem em áreas de conflitos agrários, tráfico humano e, até, trabalho escravo. O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM) denunciou à Justiça Federal dez pessoas suspeitas de praticarem diversos crimes relacionados à exploração sexual de crianças e adolescentes indígenas, no município de São Gabriel da Cachoeira. O esquema criminoso, segundo denúncias, envolve vítimas de até 10 anos, negociadas por presentes e valores como R$ 20.
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