Diálogos entre a palavra e a arte contemporânea

A fluidez, as conexões, as convergências e o caráter de continuidade dos rios. Esse foi o ponto de partida para a criação do livro Rio, que reúne os últimos 10 anos de trabalho do artista plástico paulistano Artur Lescher que foi lançado na noite desta quarta-feira, dia 26, na Galeria Nara Roesler em São Paulo.

“Esse livro era para ser a cronologia dos trabalhos realizados nos 10 últimos anos, mas a editora, que é a Alex Garcia (Alexandra Garcia Waldman), dizia que eu iria ter que pensar outra coisa, em um livro que tivesse uma autonomia, que fosse uma obra em si. Observando meus trabalhos, vi que tem várias obras que são rios, que têm essa coisa da fluidez como em uma narrativa. Por isso o livro se chama Rio, é uma metáfora de uma construção narrativa”, conta.

[nggallery id= 16110]

Com belas imagens de obras do artista e uma antologia de textos sobre rios concebida e organizada pelo escritor argentino Carlos Gamerro, o livro ainda presenteia o leitor com uma conversa sobre o tema entre o próprio Lescher, Carlos Gamerro, o poeta espanhol Adolfo Montejo Navas, Alexandra Garcia Waldman, o artista colombiano Bernardo Ortiz e o artista brasileiro Otávio Schipper editada pela jornalista e mulher do artista, Fernanda Cirenza.

“O texto do livro é o resultado de dois dias inteiros de conversa. Não foi nem uma conversa encomendada, nem uma entrevista, mas era mesmo uma conversa que a gente nunca sabe onde vai dar”, diz ele destacando que, como um rio, a palavra vai tomando forma enquanto corre.

Rio, é uma coedição da APC (Associação para o Patronato Contemporâneo) e da Cosac Naify, com apoio cultural de Perroti e Barrueco Advogados Associados, e patrocínio do Deutsche Bank através da Lei de Incentivo Fiscal e do Ministério da Cultura.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.