Nos anos 50 os paulistas adoravam votar em Adhemar de Barros, o senhor barriga, que se orgulhava do slogan “rouba, mas faz” e foi golpeado pelo golpe que apoiou. Em 1960 todo mundo achou que a salvação era Jânio Quadros, o professor de português que ensinou aos brasileiros o uso correto da mesóclise e abriu caminho para os militares darem seu golpe.
Em 1989 foram eleitos ao mesmo tempo Collor (“não me deixem só”) presidente – devidamente expulso do Palácio do Planalto – e Itamar (o da foto com a peladona) vice. Maluf também caiu nas graças dos paulistas apesar de tudo o que já fez (a Interpol que o diga) e já declarou (“estupra, mas não mata”). Os brasileiros elegeram Enéas deputado federal só porque ele berrava “meu nome é Enéas”. O estado de mais alto poder aquisitivo e intelectual consagrou (e vai consagrar de novo) o palhaço Tiririca (“tá de saco cheio da política? Vote no Tiririca”) É o que explica a atual onda Marina (“você não me conhece”). Ninguém sabe o que ela pensa nem de que partido é (está no quarto), nem o que vai fazer com a economia brasileira, mas todo mundo acha o máximo. O retrospecto recomenda cautela com políticos esquisitos.
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