Dilma e Marina empatam no segundo turno, diz pesquisa

Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) estão tecnicamente empatadas em um provável segundo turno das eleições presidenciais, de acordo com a pesquisa de intenções de voto divulgada nesta terça-feira (9) pelo instituto MDA em parceria com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A pessebista soma 45,5% dos votos, enquanto a atual presidente atinge 42,7% das preferências no cenário possível. Como os dados têm margem de erro de 2,2%, dá-se o empate para a etapa final do pleito.

Nos cenários de primeiro turno, Dilma Rousseff vence tanto na pesquisa estimulada (quando é apresentada uma lista com os nomes dos candidatos ao entrevistado) quanto na pesquisa espontânea (quando o eleitor é perguntado sobre suas preferências): no primeiro caso, a petista tem 38,1% dos votos, contra 33,5% de Marina, 14,7% de Aécio Neves (PSDB) e 1% do Pastor Everaldo (PSC). No outro, Dilma é lembrada por 30,9% dos ouvidos pelo instituto, Marina por 25,8% e Aécio por 10,1%. Neste caso, o Pastor Everaldo sequer aparece. Na pesquisa estimulada, 5,9% das pessoas disseram que vão votar em branco ou anular o voto, e 5,7% não souberam ou não quiseram responder. Já na pesquisa espontânea, 6,2% dos entrevistados afirmaram que vão anular ou votar em branco e 25,7% das pessoas não souberam ou não quiseram responder.

Nos cenários de segundo turno, além da simulação entre Dilma e Marina, o MDA também criou o ambiente com a atual presidente e o tucano Aécio Neves, que teria 33,7% contra 47,5% da petista. Ainda em uma improvável etapa decisiva entre Aécio e Marina Silva, dá-se a maior distância percentual entre candidatos: 52,2% de intenções de voto para a ex-senadora contra 26,7% para o ex-governador de Minas Gerais.

A pesquisa ainda mostra outros dados relevantes para a disputa eleitoral do mês que vem: para 49% do eleitorado, Dilma Rousseff é a favorita para vencer as eleições, enquanto 34,9% acreditam na vitória de Marina Silva, 6,2% de Aécio Neves e apenas 0,1% apontam o Pastor Everaldo como o que tem maior chance de ser presidente.

Nas estatísticas de limite de voto, onde os entrevistados respondem se votariam ou não em determinado candidato, Aécio Neves tem a maior rejeição: 43,5% das pessoas afirmaram que não votariam no tucano “de jeito nenhum”. Nesta simulação, apenas 6,3% disseram que ele é o “único candidato em quem votariam”. A atual presidente soma 41,7% de pessoas que “não votariam nela de jeito nenhum”, mas tem boas margens de aceitação, com 33,5% dos ouvidos admitindo que “poderiam votar nela” e 22,8% respondendo que ela “é a única candidata em que votar”. Ainda nestas perguntas, Marina Silva abriga um dado animador em eleitores que abriram a possibilidade de voto em sua chapa, com 46,5% de respostas dizendo que “poderiam votar” na pessebista. Para 18,5% dos entrevistados, ela é “a única pessoa em quem votariam” e 31% disseram que “não votariam nela de jeito nenhum”.

O instituto ainda pesquisou as avaliações sobre o atual governo de Dilma Rousseff: a maior parte das pessoas (39%) consideram que a petista fez um trabalho regular nos últimos quatro anos. Outros 29,8% acham que ela fez um bom governo neste primeiro mandato. Opiniões de ótimo (7,7%) e péssimo (12,2%) margeiam a pesquisa. No geral, 37,5% dos ouvidos avaliam positivamente a atuação de Dilma contra 23% dos que a avaliam negativamente. No desempenho pessoal de Rousseff, 52,4% dos entrevistados aprovam o trabalho dela, e 42,9% desaprovam.

Dois outros dados chamam a atenção no caderno divulgado nesta terça pelo MDA: o primeiro mostra que a maior parte dos eleitores estão distantes do processo eleitoral brasileiro. Para 20,8% dos entrevistados, não há “nenhum interesse nas eleições”, aliados aos que se disseram “pouco interessados”, com 28,8%. Soma-se então o percentual de 49,6% de pessoas neste tipo de situação. Outras 30,3% responderam que têm um “interesse médio” e 20% estão “muito interessadas” no pleito de outubro, somando 50,3%.

O segundo indica que a maior parte das pessoas (37,7%) espera que o governo mude a maioria de suas ações a partir do próximo mandato. Para 28,4% delas, é necessário mudar totalmente a forma de governar o País, contrastando com 24,6% que preferem a manutenção da maioria das ações governamentais e apenas 8,3% que acreditam que é necessário manter exatamente o modelo atual.

A pesquisa do instituto MDA foi feita entre os dias 5 e 7 de setembro deste ano e apresenta 95% de nível de confiança. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 cidades de 25 Estados. O caderno com todos os dados esta disponível clicando aqui.


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