A presidenta Dilma Rousseff lamentou hoje (18) a morte de Claudia da Silva Ferreira, baleada no domingo (16) durante ação policial na comunidade da Congonha, na zona norte do Rio de Janeiro, e arrastada por uma viatura policial. Na manhã de domingo, Claudia saiu para comprar pão. No caminho até a padaria, ela foi surpreendida por uma troca de tiros entre policiais e traficantes da comunidade onde morava.
Os três policiais foram presos por determinação da própria Polícia Militar. Eles estão sendo investigados por terem socorrido Claudia de forma errada. Segundo a própria PM, dois subtenentes e um soldado resgataram a vítima na rua e a colocaram no porta-malas do carro. No caminho para o Hospital Carlos Chagas, o porta-malas se abriu e Cláudia foi arrastada. A queda causou mais ferimentos a ela. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu.
Pedestres e motoristas chegaram a alertar os policiais que só pararam o veículo em um semáforo. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, Cláudia Ferreira já chegou morta à unidade. Claudia
“Cláudia da Silva Ferreira tinha quatro filhos, era casada havia 20 anos e acordava de madrugada para trabalhar em um hospital, no Rio. A morte de Claudia chocou o país. Nessa hora de tristeza e dor, presto a minha solidariedade à família e amigos de Cláudia”, disse a presidenta, em sua conta do Twitter.
Os três policiais do Batalhão de Rocha Miranda (9o BPM) foram autuados pelo Artigo 324 do Código Penal Militar, que é deixar de observar a lei ou regulamento, dando prejuízo à administração militar. O inquérito policial militar (IPM) está a cargo da 2ª Delegacia de Polícia Judiciária da PM.
Em nota, o comando da Polícia Militar diz que “este tipo de conduta não condiz com um dos principais valores da corporação, que é a preservação da vida e dignidade humana”. A morte de Cláudia provocou dois protestos na Avenida Edgar Romero, que passa próximo à comunidade. De manhã, moradores queimaram lixeiras e interditaram a rua. À noite, eles voltara a ocupar a avenida e queimaram ônibus.
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