Segundo a ocupar a tribuna na sessão desta segunda-feira, dia 13, do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que representa o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), afirmou que o ex-deputado não sabia que o dinheiro era para que o seu partido votasse a favor do governo. Para ele, se tratava do valor que havia sido acertado em relação à aliança para as eleições de 2004.
A defesa disse ainda que Jefferson não tinha conhecimento da origem ilícita do dinheiro quando fez o acordo. “Não pode haver crime de lavagem de dinheiro sem a ciência prévia do agente recebedor de que se trata de dinheiro sujo. Quem entregou foi o PT, por um preposto? Sim. Mas é de supor por este fato de que há algum ilícito? Não”, afirmou.
Em sua sustentação oral, Barbosa pediu ainda a inclusão do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do mensalão. Segundo ele, o então presidente era o mandante do esquema de propinas.
O denunciante do mensalão
Jefferson foi quem denunciou o esquema de corrupção e compra de votos de parlamentares pelo governo. Em meados de 2005, ele detalhou a arrecadação e distribuição de verba durante uma entrevista. Na época, o ex-deputado era acusado de chefiar esquema de desvio de recursos nos Correios. Após as denúncias, ele foi cassado pela Câmara dos Deputados.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Jefferson recebeu dinheiro do esquema operado pelo publicitário Marcos Valério em troca de apoio político do PTB ao governo. Além do dinheiro ao partido, ele próprio teria se beneficiado do esquema, ficando com milhares de reais. No processo, ele responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na semana passada, Jefferson, 59 anos, foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor no pâncreas.
Com informações da Agência Brasil
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