Acomodações mais baratas e descoladas proliferam na capital, que perdeu a pecha de cidade difícil e inóspita. A Copa ajudou a disseminar esse tipo de hospedagem que atrai turistas brasileiros e estrangeiros.
Mochileiras, as amigas Deborah Cavalieri e Andrea Donatti se associaram e criaram o Sampa Hostel, em janeiro de 2008. “Havia um déficit muito grande em São Paulo. Para ter ideia, fomos o quarto hostel da cidade”, diz Deborah. Sem titubear, escolheram a Vila Madalena, por ser um bairro com ampla oferta de atividades de lazer. Com investimento inicial de R$ 100 mil, reformaram a casa e hoje oferecem oito quartos, com 42 camas. Os hóspedes têm, em média, entre 20 e 35 anos, sendo 50% brasileiros e 50%, estrangeiros, principalmente alemães, franceses, canadenses e chilenos. Neste ano, com a alta do dólar, Deborah espera um aumento do fluxo de gringos e uma queda dos nativos – esses, por conta da desaceleração da economia. A taxa média de ocupação do Sampa é de 65%. No entanto, ela não pensa em investir em outro negócio do gênero. Cautela é a palavra de ordem nesses tempos bicudos. Sobre os encantos da cidade, Deborah afirma com convicção: “São Paulo nunca foi chata, mas era vista assim”. A SPTuris tem um papel importante na divulgação de eventos na capital. “Temos a melhor vida noturna do Brasil.” Além disso, hoje proliferam baladas diurnas, como a presença de DJs no Beco do Batman, feiras e shows nos parques. O Sampa também promove eventos para seus hóspedes, uma vez que o seu bar não é aberto para a rua. “Festa de Halloween, churrascos, festa junina”, exemplifica. O local, mais tranquilo, pode também ser alugado por não hóspedes para fazer eventos exclusivos.
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